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Desconhecer a cultura é porta para problema
DA REDAÇÃO
Com missões comerciais
indo e vindo e rodadas de
negócios bem planejadas,
exportar deixou de ser um
sonho impossível, mas nem
por isso o empresário está livre de problemas, como em
qualquer negociação.
Paulo Humberg, 36, presidente-executivo da A5 TMT
(investimentos em tecnologia), diz que o ponto fraco
das rodadas é a duração das
reuniões -30 minutos.
"É difícil evoluir na negociação, já que não há tempo
de mostrar seu produto em
detalhes. Acaba sendo produtivo para saber quem quer
o quê, pegar o telefone e
marcar uma reunião depois,
como se fosse uma efetivação de networking [rede de
contatos]", avalia.
Uma das principais dificuldades de exportar está em
saber lidar com a outra cultura. Recentemente, as relações Brasil-China foram
abaladas com o embargo da
soja brasileira, já resolvido.
"O caso da soja foi setorial,
não refletiu nas outras negociações", afirma Lucio Pinheiro, diretor-executivo da
Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China.
"É importante saber que
exportar é um processo demorado, que exige conhecimento aprofundado sobre a
outra cultura e a participação de um representante no
país que conheça a parte tributária, para não enganar
nem ser enganado", diz.
Rodolfo Dib Mereb, da
Mereb Bijuterias, já enfrentou problemas com exportação. "No ano passado, tinha
negociado com um exportador de São Paulo e com a Nigéria, mas não deu certo e
acabei amargando um prejuízo. Por isso não podemos
ficar dependentes de nenhum mercado", aconselha.
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