São Paulo, domingo, 04 de julho de 2004


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Desconhecer a cultura é porta para problema

DA REDAÇÃO

Com missões comerciais indo e vindo e rodadas de negócios bem planejadas, exportar deixou de ser um sonho impossível, mas nem por isso o empresário está livre de problemas, como em qualquer negociação.
Paulo Humberg, 36, presidente-executivo da A5 TMT (investimentos em tecnologia), diz que o ponto fraco das rodadas é a duração das reuniões -30 minutos.
"É difícil evoluir na negociação, já que não há tempo de mostrar seu produto em detalhes. Acaba sendo produtivo para saber quem quer o quê, pegar o telefone e marcar uma reunião depois, como se fosse uma efetivação de networking [rede de contatos]", avalia.
Uma das principais dificuldades de exportar está em saber lidar com a outra cultura. Recentemente, as relações Brasil-China foram abaladas com o embargo da soja brasileira, já resolvido.
"O caso da soja foi setorial, não refletiu nas outras negociações", afirma Lucio Pinheiro, diretor-executivo da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China.
"É importante saber que exportar é um processo demorado, que exige conhecimento aprofundado sobre a outra cultura e a participação de um representante no país que conheça a parte tributária, para não enganar nem ser enganado", diz.
Rodolfo Dib Mereb, da Mereb Bijuterias, já enfrentou problemas com exportação. "No ano passado, tinha negociado com um exportador de São Paulo e com a Nigéria, mas não deu certo e acabei amargando um prejuízo. Por isso não podemos ficar dependentes de nenhum mercado", aconselha.


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