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Gasto com adaptação é entrave
Custos com regularização de funcionários e equipamentos pesam para pequenas empresas
DE SÃO PAULO
Os investimentos necessários para se adequar às exigências de grandes clientes
são o principal entrave para
micro e pequenas empresas.
"É a primeira queixa dos
empresários [que nos procuram]", comenta Heloisa Bedicks, superintendente do
IBGC (Instituto Brasileiro de
Governança Corporativa).
Os custos fixos podem aumentar por mudanças como
troca de máquinas e necessidade de formalização de profissionais segundo a CLT.
Empresas com funcionários sem registro, comum entre as de menor porte, são impelidas a regularizar a situação -e a arcar com encargos
trabalhistas que representam 25,1% do salário, segundo o Dieese (Departamento
Intersindical de Estatísticas e
Estudos Socioeconômicos).
É o preço que pagam para
poder integrar o clube dos
fornecedores das grandes
corporações, como fizeram
as empresas Guardanapos
Leal, CorpFlex, Crivo e
form4.biz.
Há, no entanto, alguns
caminhos que podem amenizar o aumento dos custos.
"No início [das adequações],
a empresa pode convidar
executivos para compor seu
conselho consultivo voluntariamente", avalia Bedicks.
Outra dica é que o próprio
empresário crie políticas,
como a de cargos e salários,
acrescenta Mauro Johashi,
sócio-diretor da divisão de
Auditoria e Sustentabilidade
da Crowe Horwath RCS.
"Explicar aos funcionários
de que forma eles podem
crescer na empresa cria um
caminho para a transparência", avalia Johashi.
Dinheiro não é o único entrave -devem-se considerar
as barreiras culturais. "Houve uma empresa que buscou
o instituto para melhorar
processos. O fundador, porém, dizia que não precisava", lembra Bedicks.
"É preciso convencer-se de
que a continuidade passa pela renovação", diz Johashi.
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