São Paulo, domingo, 05 de abril de 2009


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Redução de IPI anima loja de material de construção

Varejistas dividem-se sobre aplicar desconto em itens que foram adquiridos a preços maiores

Rafael Hupsel/Folha Imagem
Alfredo Morales, sócio da M&B, não irá fazer promoção

DA REPORTAGEM LOCAL

Medidas anunciadas pelo governo federal na última semana para aquecer setores como o de construção civil causaram expectativa de maior fluxo de clientes nas lojas de material de construção.
A desoneração do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) em 30 itens, como cimento, tintas e vernizes e argamassas, deve ter impacto positivo nas vendas, segundo Cláudio Conz, presidente da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção).
Ele destaca a diminuição do imposto sobre o preço do cimento -a alíquota de 4% foi reduzida para zero-, item com grande saída na pequena loja. "A tendência é haver rapidamente aumento nas vendas", prevê Conz.
A diminuição do imposto durará três meses, com efeito a partir de 1º de abril. A aposta é que quem estava pensando em reformar ou construir comece a obra agora.
Antes de comprar -e revender ao consumidor- os produtos mais baratos, no entanto, o lojista preocupa-se com girar o estoque adquirido a preços mais altos.
"Não dá para esperar o concorrente vender [mais barato]", alerta Conz. "Quanto antes liquidar o estoque [que não teve redução], melhor."

Pequeno varejo
Algumas lojas já anunciaram o repasse da redução para o consumidor, mesmo em produtos adquiridos antes do anúncio da medida. Outras estão esperando a chegada dos itens com preços novos.
É o caso da M&B, que vende principalmente material básico de construção, como areia e cimento. "Não vou reduzir o preço dos produtos estocados porque não é saudável para nós", afirma o sócio Alfredo Morales. Como cimento vende rapidamente, ele pretende aplicar o desconto só na próxima leva.
Segundo Reinaldo Pedro Corrêa, presidente do Sincomavi (sindicato do varejo de material de construção e afins da Grande São Paulo), o pequeno varejista é "criativo" e, para reduzir preços antes de adquirir os produtos mais baratos, pode cortar custos.

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