São Paulo, domingo, 05 de setembro de 2010


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Consumo das classes C e D atrai pequeno empresário

Criar produtos para esse público ainda é considerado o maior desafio

Silvia Zamboni/Folhapress
Camila Pacheco, gerente-geral da Nutty Bavarian, que neste ano lançou outra marca, com produtos mais baratos

MARCOS DE VASCONCELLOS
DE SÃO PAULO

As classes C e D são responsáveis por 59% de tudo o que é consumido no Brasil, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Fazenda em julho.
Logo, R$ 810 bilhões serão gastos em 2010 por quem ocupa o meio e a base da pirâmide social.
Stuart Hart, professor da Johnson Graduate School of Management (em Nova York, EUA), afirma que essa nova organização financeira moldará uma nova empresa, que marcará o século 21.
"Precisamos encontrar a riqueza que está ali [nas classes C, D e E], e multinacionais não tiveram sucesso ao entrar nesse mercado. Precisamos de algo novo", avalia.
Para ele, o problema não é marketing nem tecnologia para baratear a produção, mas a forma de criar produtos para essas classes.
Quem apostou em novidades para esse nicho já colhe frutos. A Nutty Bavarian, que vende castanhas caramelizadas em shoppings e aeroportos, lançou no começo deste ano uma marca voltada às classes mais baixas, a Nutts & Companhia.
Em seis meses, o rendimento da nova marca é semelhante ao da anterior. A cada mês, ela fatura de R$ 18 mil a R$ 20 mil e tem retorno esperado de 15% a 20%.
"Não queríamos que enxergassem a Nutts & Companhia como a Nutty Bavarian mais barata. Fizemos estudo de novos sabores para ter custo menor mantendo a qualidade", explica a gerente-geral, Camila Pacheco.


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