São Paulo, domingo, 06 de junho de 2010


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Investir em marca nova demanda precauções

Empresário deve conhecer proposta da empresa e mapear concorrência

Franqueados-piloto são acompanhados de perto pela franqueadora nos primeiros anos, até a consolidação do negócio

DE SÃO PAULO

Apostar em uma franquia nova é como fazer uma aplicação na Bolsa de Valores quando as ações estão em baixa. Há a possibilidade de ver o investimento crescer. Mas corre-se o risco de perder parte do volume aplicado.
Não há unidades abertas para verificar a relação entre as partes -por lei, o candidato tem acesso aos contatos de franqueados e de ex-franqueados para fazer essa investigação. Tampouco a certeza da aceitação do produto ou do serviço no mercado.
"É o ônus e o bônus de ser o primeiro franqueado: crescer e ser feliz com a franqueadora e viver momentos difíceis com a inexperiência dela", analisa Marcos Hirai, diretor da Franchise Store.
Consultores recomendam ao franqueado cautela ao investir nessa relação -avaliando o tempo da empresa, a proposta da franquia e a concorrência na área de atuação.
Abrir o balanço da empresa para o candidato é uma possibilidade, destaca o sócio da Evolua, de cursos profissionalizantes, Leopoldo Oliveira, que busca o primeiro franqueado da marca.
Já assinados os papéis, as franqueadoras também se previnem, com orientação frequente aos franqueados.
Na alegria e na tristeza, a Lego Zoom mantém contato estreito com os primeiros franqueados, diz o diretor Maurício Caetano.
"Não vou dizer que é vantagem, mas acredito na proposta da marca", diz a empresária Sueli de Abreu, 47, sobre ser a primeira franqueada da Lego Zoom.
A relação vinha de longa data -Abreu representava os produtos Lego. "Vi a solidez da empresa", afirma, sobre a adesão ao franchising.

PÚBLICO MAIOR
O contato anterior ajuda a fechar o negócio, mas o perfil arrojado é indispensável, opina o consultor Adir Ribeiro, da Praxis Education. "A aposta que [o primeiro franqueado] faz é muito maior."
Não se trata de uma regra apenas para as franquias que estão começando, segundo Ricardo Camargo, da ABF.
"O tempo de consolidação de uma marca varia de quatro a cinco anos, até pelo volume de investimento."

FOLHA.com
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