São Paulo, domingo, 07 de junho de 2009


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NOVOS CANAIS

Segmentos digitais engordam receita

Telefonia móvel e sites são canais para distribuição

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O segmento da música digital representou 12% do mercado fonográfico em 2008. Dessa fatia, 78% (R$ 33 milhões) vieram da telefonia móvel, e 22% (R$ 9,68 milhões), da internet, de acordo com a ABPD.
"Artistas, gravadoras e editoras precisam de um formato de música que funcione no maior número possível de aparelhos", orienta Marinilda Boulay, pesquisadora e organizadora das publicações "Guia do Mercado Brasileiro de Música" e "Música: Cultura em Movimento".
A Trama criou sua fórmula para ampliar o número de fontes de receita. Além de fazer produção de shows, programas de rádio e de televisão, música para videogame, álbuns virtuais e CDs, a gravadora tem estúdio e editora.
"Com o patrocínio de anunciantes, é gerado faturamento nos álbuns virtuais", conta João Marcello Bôscoli, 38, fundador da Trama.

Celular
Por ser um setor em que os downloads são mais facilmente controlados, a telefonia móvel é hoje responsável pela maior fatia do faturamento no mercado digital da música.
A Takenet, que licencia e disponibiliza conteúdos musicais para celulares e atua com as principais operadoras do país, tem cerca de 200 contratos com gravadoras independentes, de acordo com Juliano Braz, diretor de operações.
"O faturamento com os "ringtones" pode ultrapassar R$ 100 mil por ano para independentes", aponta Braz.
O iMusica, empresa de gerenciamento de música digital, tem um acervo de 3 milhões de faixas, das quais 2 milhões são de gravadoras independentes. "Com um CD entregue pela gravadora, distribuímos para cerca de 200 serviços no Brasil e no mundo", afirma o presidente, Felippe Llerena. Em média, 80% do lucro é repassado para as gravadoras. O iMusica fica com 20%.
O MySpace, site que reúne 170 mil artistas brasileiros, deve criar, até o final do ano, um mecanismo de venda de faixas musicais. "Serve como popularização do artista e marketing e traz outros benefícios subsequentes, como a remuneração pelo direito autoral", explica Emerson Calegaretti, presidente do MySpace no Brasil.

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