São Paulo, domingo, 07 de agosto de 2011


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Cresce abertura de filiais por pequenas empresas

Número de unidades criadas por sociedades limitadas aumentou 11,6%

Letícia Moreira/Folhapress
Benjamin Apter na filial da academia B-Active, em SP

PATRÍCIA BASILIO
DE SÃO PAULO

Muitos clientes para pouco espaço. Essa foi a avaliação feita pelo empresário Benjamin Apter, 45, antes de decidir abrir filial da academia B-Active em Higienópolis, bairro do centro de São Paulo, há quatro anos.
A matriz da empresa, criada em 2003 e localizada nos Jardins (zona oeste da capital), "não era mais suficiente para atender a todos os clientes com o mesmo nível de qualidade", avalia Apter. "Com a filial, atinjo um raio maior de consumidores."
Para evitar prejuízos, contudo, o empresário diz ter contratado consultoria para analisar o poder de consumo da região. "Quero expandir aos poucos para crescer de forma sustentável e não comprometer a qualidade do serviço", diz ele, que abrirá filial em Perdizes (zona oeste).
Com o crescimento da economia e o maior poder de compra da população, casos como o da B-Active são cada vez mais comuns no país. Levantamento da Jucesp (Junta Comercial do Estado de São Paulo), feito a pedido da Folha, aponta que o total de filiais abertas por sociedades limitadas (pequenas empresas) cresceu 23,7% nos cinco primeiros meses deste ano, em relação a 2010. Até maio, 417 unidades foram criadas no Estado de São Paulo.
O total de filiais abertas -incluindo todos os tipos de sociedade e cooperativa-, no entanto, teve queda de 12,9% no mesmo período. O motivo, segundo José Constantino de Bastos Júnior, presidente da Jucesp, é que "as grandes empresas tendem a acompanhar a média da economia nacional [desaceleração], enquanto as pequenas continuam avançando".
No Brasil, a quantidade de filiais constituídas por sociedades limitadas subiu 11,6% de 2009 a 2010, de acordo com pesquisa do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). Entre as anônimas (grandes empresas), a alta foi de 1,6%.
Para Rômulo Rocha, coordenador-geral dos serviços de registro mercantil do Mdic, a diferença ocorre devido ao maior número de sociedades limitadas registradas no país. "Com a economia em alta, elas crescem em unidade."


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