São Paulo, domingo, 07 de outubro de 2007


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NOVOS DESTINOS

Turismo busca novos rumos para driblar potencial crise

Segmentos como viagens rodoviárias e corporativas ganham destaque

Patrícia Stavis/Folha Imagem
A agência Quickly Travel estendeu o atendimento de viagens para as de incentivo

MARIA CAROLINA NOMURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A desvalorização do dólar e as seqüelas do caos aéreo deixaram os donos de agências de viagens reticentes. É o que aponta estudo feito pela Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagens), em setembro, com 60 agências de todo o país.
De acordo com o levantamento, 77% dos empresários temem que a crise ainda possa prejudicá-los no final do ano, a principal temporada do setor.
Não só as agências estão descontentes. A desvalorização cambial praticamente esvaziou hotéis e pousadas no Brasil. "Com o dólar baixo, as pessoas preferem ir para o exterior", atesta Elizabeth Wada, professora de hospitalidade da Universidade Anhembi Morumbi.
Para amenizar os impactos da baixa do dólar, o Ministério do Turismo anunciou medidas que desoneram a rede hoteleira (como redução de imposto) e um programa que visa estimular viagens de pessoas com mais de 60 anos a custo menor.
Nas agências, empresários também têm buscado soluções: o turismo rodoviário, em cruzeiros e o corporativo são as principais apostas de diversificação, bem como resorts e hotéis próximos a São Paulo.
"Os executivos não deixam de viajar a trabalho. Em breve, todos os hotéis próximos aos grandes centros terão salas para reuniões e convenções. Há mais facilidade de transporte", afirma Elizabeth Wada.
Há dois anos no mercado, Juliana Buccieri, proprietária da BL1 Turismo, especialista em turismo marítimo, comenta que muitas empresas chegam a fretar navios. "As convenções podem durar dias", conta.
A empresária diz que é possível lucrar mais ao conciliar as viagens corporativas com as de lazer em um único pacote. "Enviarei, para um evento de surfe em Fernando de Noronha, funcionários de uma empresa e seus familiares."

Novos rumos
Outra saída para as pequenas agências é a especialização em mercados como ecoturismo, terceira idade e turismo GLS (leia mais na pág. 3), segundo Leonel Rossi Jr., diretor de assuntos internacionais da Abav.
Denise Torello, professora do Senac-SP, faz coro. "Mas é preciso se preparar para atender exigências que não fazem parte de seu nicho", ressalva.


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