São Paulo, domingo, 08 de agosto de 2010


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Custo menor é chamariz de nuvem

Modalidade de tecnologia pode reduzir gastos, mas demanda cuidados, afirmam consultores

JORDANA VIOTTO
SÃO PAULO

A promessa de redução de custos em TI (tecnologia da informação) atrai micro e pequenas empresas para o modelo de estrutura conhecido como "cloud computing" (computação em nuvem).
Nele, os programas não são instalados nas máquinas da empresa -ficam hospedados em um provedor e são acessados pela internet.
A Netpartners, de soluções em tecnologia, é uma das que aderiram ao modelo, em seu sistema de vendas. Segundo o diretor de negócios da empresa, Sérgio Noronha, 34, a economia foi de 35%.
Na consultoria de mídia digital Predicta, e-mail e calendário estão em nuvem desde 2008. Por ambos, pagam-se US$ 50 (cerca de R$ 87,50) ao ano por usuário.
Na avaliação de Pedro Bicudo, sócio da consultoria TGT, não é só o custo que atrai. "As empresas geralmente contam com suporte de 24 horas por dia", destaca.

ANÁLISE CRÍTICA
A despeito das vantagens, é fundamental ter cautela antes de optar pela estrutura externa, dizem consultores.
Verificar as políticas de confidencialidade e segurança do provedor é o primeiro passo, já que dados estratégicos da empresa ficarão ali.
Outro ponto que merece análise é a dificuldade de personalização da solução, conforme assinala o consultor de TI Sérgio Lozinsky.
"As áreas de finanças e de vendas exigem características que os softwares pela internet ainda não possuem", atesta Phillip Klien, 33, diretor de inovação da Predicta.
Augusto Mendes Gomes Jr., professor de computação da Universidade Anhembi Morumbi, calcula ser necessária banda de 4 megabytes para uma empresa com cinco usuários que acessem software de escritório.
Ciente disso, José Roberto Filho, 45, sócio-diretor da JR&M Assessoria Contábil, optou por manter seus programas "em casa". "Ainda é novidade, queremos entender prós e contras", acrescenta Roosevelt Ribeiro, 38, coordenador de infraestrutura da construtora Celi.


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