São Paulo, domingo, 08 de novembro de 2009


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REDE FRANCHISING

Interior é aposta para expansão do setor de franquias

Cidades menores têm novos espaços, segundo ABF

MARIANA IWAKURA
ENVIADA ESPECIAL À ILHA DE COMANDATUBA (BA)

A interiorização de redes de franquia é uma das apostas para dar continuidade ao crescimento do setor.
O franchising brasileiro deve fechar o ano com faturamento de R$ 63 bilhões, um aumento de 14,5% em comparação com o resultado do ano passado, segundo a ABF (Associação Brasileira de Franchising).
A expectativa para 2010 é de crescimento de 15%. "Há muito espaço para interiorizar", afirmou Ricardo Bomeny, presidente da associação, na 9ª Convenção ABF do Franchising, que se encerra hoje, na ilha de Comandatuba (BA).
Segundo Bomeny, os municípios que têm de 80 mil a 120 mil habitantes reservam boas chances para as franquias. "A interiorização é uma tendência forte para o longo prazo."
A inauguração de shopping centers em cidades menores é um dos sinais desse movimento, destaca Bomeny, já que as franquias acompanham a implantação desses espaços.
Para auxiliar nesse processo, a ABF firmou parcerias com as prefeituras das cidades paulistas de Pederneiras e Ourinhos, com o objetivo de desenvolver franquias nesses municípios.
Foi fechado também um acordo de cooperação com a Apas (Associação Paulista de Supermercados). "Cidades menores podem não ter shopping, mas têm um supermercado poderoso", diz Ricardo Camargo, diretor-executivo da ABF.
A expansão para o interior não é uma novidade, mas o crescimento dos shoppings levou ao aumento de franquias nessas regiões, pondera Ana Vecchi, sócia-diretora da consultoria Vecchi&Ancona.
Mas, diz, é preciso mapear a concorrência. "Pode haver uma ou duas lojas [do mesmo ramo], mas não caber uma terceira."

Internacional
Na direção oposta, o esforço de internacionalização também tem crescido. Até o fim de 2009, 66 redes brasileiras devem ter atuação em 49 países.
Em 2010, o número de marcas deve aumentar para 80. Para isso, a ABF tem feito missões para construir inteligência comercial sobre outros países. Os mercados das Américas do Sul e Central são "o filão para as franquias", diz Camargo.


A jornalista viajou a convite da ABF


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