DA REDAÇÃO

Não é história de Natal. Empresas que se especializaram em decoração para esta época do ano geralmente começam como uma atividade sem compromisso e muitas vezes viram grandes empreendimentos.
Marcas como a da empresária mineira Conceição Cipolatti hoje vivem o ano todo só de decoração natalina e dizem nem ter intenção de diversificar.
O negócio comandado por Conceição e seus quatro filhos, a Cipolatti & Cipolatti, começou há 21 anos em Belo Horizonte, quando o gerente de um shopping interessou-se pela decoração que ela costumava fazer em casa e a convidou para enfeitar o centro de compras.
Hoje com cerca de 210 funcionários fixos e por volta de 2.000 temporários no final de ano, a empresa atende boa parte dos principais shoppings do país e também alguns no exterior (Chile, Argentina, Uruguai e México). Diretora artística da empresa, Conceição explica o êxito: "Cada laço que sai da empresa passa pelo meu crivo".
Outro fator que explica como lucrar o ano todo com um único evento atende pelo nome de planejamento. Em fevereiro, a Cipolatti abre o seu showroom com as novidades para os clientes. "Como shoppings têm verba e projetos assegurados para o Natal, sempre fecham cedo os contratos. Alguns por dois ou três anos", afirma.
Natércia Tiba, da Natal Arte, também estreou após ser convidada para decorar a empresa de conhecidos. Hoje cuida, com 35 funcionários e cerca de cem temporários, da fachada e da decoração interna de multinacionais, bancos e hotéis.
"Vou sempre às feiras temáticas do setor nos Estados Unidos e na Inglaterra para conferir as novidades", diz. "Além disso, faço um projeto personalizado para cada cliente."
Sem risco de "apagão", as empresas agradecem o presente de Natal: a expectativa de fechar o ano com lucro maior. "Em 2001 não tivemos prejuízo, mas foi triste", diz Natércia.