São Paulo, domingo, 09 de maio de 2004


Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

VINHOS

Fabricantes estrangeiros presentes na Vivavinho afirmam estar em busca de parceiros no mercado brasileiro

Exclusividade é chave para importadores

BRUNO LIMA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Ainda há muito espaço para importadores e produtores de vinho no Brasil, afirmam empresários que atuam no setor e que expuseram na feira Expovinis Brasil Vivavinho 2004, realizada na última semana em São Paulo.
Para quem quiser apostar na importação, a dica é buscar contratos de exclusividade. "Vender vinhos é um grande trabalho de divulgação. Exclusividade é fundamental para que outros não colham os frutos do seu esforço", ensina Egídio Cunha Silvestri, 44, sócio da importadora Vinalia, que só lida com vinhos chilenos.
"Não importo nenhuma marca se não tiver exclusividade para o Brasil inteiro", revela Luiz Fernando Jativa Alban, 30, diretor da importadora Proalbe, que fatura US$ 2 milhões ao ano.
Ele lembra que o investimento para introduzir um vinho estrangeiro no país envolve pagamento para entrar nas cartas de restaurantes de renome e treinamento.
Na feira, a Folha levantou alguns fabricantes estrangeiros interessados em buscar representantes no país. Da Espanha, a Pazo Pondal tem os olhos voltados para o Brasil. "É um mercado que está crescendo muito", diz o dono da empresa, Emiliano Villanueva (www.pazopondal.com).
De Portugal, há marcas do Alentejo (cvralentejo@mail.telepac.pt), como Dona Joana, Monte dos Cabaços, Monte Seis Reis e Sesmaria; da região dos Vinhos Verdes (www.vinhoverde.pt), como Quinta do Lago; do Douro e do Porto (www.ivp.pt), como Bago de Touriga, Calém, Caves do Freixo, Quinta do Sairrão, Quinta do Sinval, Quinta de Ventozelo e Vallegre. "Vieram à feira 55 empresas portuguesas. Cerca de 20 não têm representantes no Brasil", diz Tiago Ribeiro Soares, do Icep (www.icep.pt), órgão do governo português para promoção do comércio exterior.
Da África do Sul, as marcas Afrivin (alondt@afrivin.co.za), Avondale (krige@avondalewine.co.za), Rietvallei (www.rietvallei. co.za), e Springfield (www.springfieldestate.com) também buscam parceiros.
Também há espaço para quem se animar a produzir vinhos. Os pequenos produtores gaúchos Márcio Marson, 31, da Vinhos Marson, e Jane Pizzato, 28, da Pizzato, afirmam que novas vinícolas são bem-vindas, pois ajudam a derrubar o preconceito contra o produto nacional. "O mercado de vinhos brasileiros é tão pouco trabalhado que não dá nem para falar em concorrência", diz Pizzato. "Temos um mercado promissor."


Texto Anterior: Música em alta: Gravadoras lucram com estilo gospel
Próximo Texto: Em foco: Oferecer "fricotes" para noivas é saída para pequenos empresários
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.