São Paulo, domingo, 11 de maio de 2008


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CONTAS ESPREMIDAS

Saída é oferecer produtos variados

Busca de ofertas pode ajudar a estabilizar o negócio

DA REPORTAGEM LOCAL

Ao lado dos restaurantes, outro segmento diretamente atingido pela alta recente dos preços dos alimentos é o de pequenos mercados varejistas.
Segundo Martinho Paiva Moreira, da Apas (Associação Paulista de Supermercados), enquanto as grandes redes têm acesso a informações específicas sobre o aumento de cada commodity, o que possibilita a previsão de reajustes, os pequenos só recebem uma fotografia instantânea do que acontece.
"É uma ação reativa. Por isso o repasse do preço para o consumidor é inevitável", explica.
Mas, assim como nos restaurantes, é importante que esse varejista trate o aumento do preço dos itens de forma individual, ensina Marco Aurélio Bedê, economista do Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
"O repasse dos custos depende de variáveis. É importante ele saber o quanto o consumidor pode suportar o aumento de preço e quão fiel ele é a determinado produto ou marca."
Para empresários ouvidos pela Folha, contudo, não adianta substituir um produto por outro mais barato, uma vez que o consumidor sabe o que é bom e muitos pagam a mais por isso. Ter uma opção mais barata, entretanto, é essencial.

Fornada mais cara
Além de oferecer outras variedades, o proprietário do pequeno varejo deve buscar novos fornecedores e caçar as promoções dos grandes atacadistas, acrescenta Bedê.
Para assegurar promoções esporádicas no Mini Mercado Guará, o proprietário, Israel Pereira, faz compras semanais em até quatro fornecedores. "Repasso de 20% a 30% do custo e não trabalho com estoque. Assim, consigo me manter."
Já no Mini Mercado Menorah, a saída para não aumentar além da conta o preço do carro-chefe da empresa -o pão judaico "challah"- foi distribuir o aumento do preço para itens de luxo como vinho e uísque.
"Aumentei em apenas R$ 0,50 o preço do pão. Mas, para compensar, tive de reajustar o valor de outros itens. Caso contrário, a empresa não cresceria", esclarece o proprietário, Anderson Pereira. (MCN)


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