|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TECNOLOGIA EM ALTA
Firmas não escolhem sistemas previamente
Renato Stockler/Folha Imagem
|
A Imaf, fábrica de luminárias que cresceu 400% nos últimos quatro anos graças à informatização |
Consultor é procurado somente após a aquisição do
computador
DA REPORTAGEM LOCAL
Descobrir a melhor oferta e
instalar o computador. Informatizar o empreendimento, no
entanto, não é tão simples.
"O primeiro passo para o empresário é organizar as informações e verificar a real necessidade da firma", assinala o
consultor do Sebrae-SP Ednaldo Paulino. "Em geral, as pequenas empresas têm uma série de dificuldades de organização de informações da produção", complementa a professora de economia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Renata Lèbre La Rovere.
Por isso, antes de comprar
um equipamento, há uma tarefa primordial: fazer um levantamento dos dados e verificar
quais deles têm condições de
ser utilizados em programas.
Com as informações em
mãos, afirmam especialistas, é
hora de ponderar quais soluções podem oferecer mais recursos à firma.
"Para as microempresas, as
planilhas eletrônicas e os editores de texto suprem bem suas
necessidades", ensina Paulino.
E são esses programas mais
básicos os mais utilizados. Pesquisa realizada pelo Sebrae-SP
com 1.163 micro e pequenas firmas mostra que 47% tinham
computador em 2003. Dessas,
81% usavam editores de texto e
70%, planilhas eletrônicas.
Porém, para as firmas maiores, os programas básicos não
garantem muitos recursos.
"As pequenas e médias devem buscar soluções mais voltadas a seu ramo de atuação. O
problema é que os empresários
não se incomodam em gastar
R$ 5.000 em um hardware,
mas dificilmente desembolsam
o mesmo valor para adquirir
um software", destaca Paulino.
O pior, diz ele, é quando o
empresário investe em um produto que não atende às necessidades da empresa. Ele cita uma
papelaria que adquiriu sistema
operacional voltado a grandes
empresas, enquanto precisava
de um software de gestão.
Migração
Até 2004, a clínica dermatológica SkinLaser usava um software para agendar consultas,
vendido a preços acessíveis.
O programa armazenava dados como nome, endereço, idade e e-mail do paciente. Na época, os diagnósticos eram anotados em fichas de papel.
"Levava uma semana para fazer o faturamento de cada uma
das dermatologistas", afirma a
administradora da empresa,
Cristina Bueno de Oliveira, 26.
Na época, diz ela, as finanças
eram organizadas em planilha.
Há um ano e meio, no entanto, decidiram migrar para um
sistema que pudesse integrar
procedimentos médicos, informações de clientes e todo o sistema de gestão da empresa.
"Foi um investimento alto,
mas adequado às necessidades
da clínica", opina Oliveira, sem
revelar os valores investidos.
Hoje, o faturamento é fechado em um dia e são feitas ações
de fidelização. "Enviamos boletins aos pacientes", conta.
Texto Anterior: Informatização Próximo Texto: Na rede Índice
|