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Custo menor e apoio são vantagens de agências
Instituições de fomento apostam em consultorias e acesso fácil ao crédito
Alessandro Shinoda/Folhapress
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Gilson Salatino Feix, que avalia como barganha as condições dos empréstimos de agências de fomento, em sua empresa
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
As empresas de pequeno
porte enfrentam dificuldades
maiores em conseguir crédito por não ter como apresentar garantias de que irão pagar a dívida. Já as médias precisam de mais orientação para aplicar os recursos, explica o presidente da Nossa Caixa Desenvolvimento, Milton
Luiz de Melo Soares.
Conhecendo esse cenário
e por não terem o intuito de
apresentar rentabilidade de
banco, mas sim de financiar
pequenas e médias empresas
para que se tornem competitivas, as agências de fomento
muniram-se de capital para
financiar a condições facilitadas e oferecer consultoria.
Tais instituições não atendem diretamente às solicitações dos empreendedores.
Quem faz esse trabalho são
as associações de classe, que
atuam como intermediárias
entre o empreendedor e
quem oferece o crédito.
Isso é um dos motivos que
tornam os custos das operações mais competitivos.
A outra razão, acrescenta
Soares, é que o recurso tem
origem nos cofres públicos
e é ofertado para dinamizar
a economia do país.
Contratar técnicos para
irem até os empresários oferecer serviços de consultoria
e negociar as linhas de financiamento é outra forma de
tentar atrair esse público.
"Quanto melhor a estrutura operacional, melhores serão os serviços, e isso fará
com que consigamos emprestar mais", formula o diretor operacional da Caixa RS,
Rogério Augusto de Wallau.
O executivo destaca que o
segundo semestre é o período em que a maior parte dos
créditos são liberados. "A
meta deste ano é injetar R$
500 milhões nas empresas."
MENOS BUROCRACIA
O bom atendimento e a
simplicidade na hora de ter o
crédito aprovado fizeram o
paulista Gilson Salatino Feix,
61, planejar novos investimentos em sua empresa de
telemarketing após o primeiro aporte bem-sucedido que
recompôs seu capital de giro.
"Achei que fossem mentira as condições de crédito",
conta, ao se lembrar de quando seu sindicato patronal
ofereceu o financiamento.
Ainda que considere as
condições "uma barganha",
Feix mantém cautela: "Só pego a quantidade de dinheiro
de que preciso, mesmo que
me liberem um valor maior".
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