São Paulo, domingo, 12 de abril de 2009


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PÓS-LABORE

Experiência de colega é parte do aprendizado

Alunos devem testar na firma eficácia de técnica explanada

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma das grandes vantagens apontadas por dirigentes de empresas que fizeram cursos de pós-graduação ou de extensão em empreendedorismo é a "troca de figurinhas" com os colegas, também gestores.
Durante as aulas, compartilham-se experiências boas e ruins dos empreendedores.
"Os problemas mais comuns são relacionados à área comercial -falta de demanda, dúvidas no acompanhamento do fluxo de caixa e gestão de capital de giro", relata a professora responsável pelo curso de empreendedorismo e gestão de pequenos negócios da Universidade São Judas Tadeu, Ana Cristina de Faria.
Roberto Veiga, 36, diretor da Damm, produtora de itens alimentícios, diz que troca experiências com outros ex-alunos do MBA que fez na FranklinCovey. "Mantemos contato e falamos sobre ferramentas empregadas nas empresas e adaptação delas a outros ambientes."

Estudo
O currículo de cursos como esses contempla disciplinas básicas de administração de empresas, como finanças, planejamento estratégico, marketing e direito empresarial.
Em alguns programas, inovação e fontes de financiamento para empresas de base tecnológica estão incluídos.
Somente ir à aula não garante aprendizado, no entanto. "É preciso de quatro a dez horas semanais de atividades extraclasse por semana", alerta Faria. Ela acrescenta que alunos que não têm formação básica de gestão financeira podem ter de "se esforçar um pouco mais" para acompanhar as aulas, acrescentando algumas horas de autodidatismo.
"O empresário fica preso às questões operacionais e não tem tempo para decisões estratégicas. Ele precisa de um tempo para a reflexão, o que inclui as atividades extras do curso", lembra o consultor Emerson Morais Vieira, do Sebrae-SP.

Aplicação
Para que o conteúdo das aulas saia da estratégia e parta para a execução, a realização das técnicas expostas no curso deve ser ágil (veja mais ao lado).
"O empresário deve aplicar o que foi aprendido rapidamente, para que isso não caia no esquecimento", destaca Paulo Kretly, presidente da FranklinCovey Brasil. "A aplicação também serve para ver o que funciona, já que muitas estratégias são focadas em grandes empresas", completa. (MI)


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