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Estratégias ajudam a não abusar do crédito
Empresários se planejam para manter caixa no azul e não depender do banco
DE SÃO PAULO
Se houvesse mais acesso a
linhas de crédito específicas,
micro e pequenas empresas
teriam mais condições de
crescer, comenta José Luiz
Rossi Júnior, do Insper.
"As do BNDES são restritivas pelas exigências que
muitas vezes essas empresas
não conseguem cumprir, e as
de outras instituições são caras", afirma Daniel Miraglia,
professor de análise financeira de investimentos da Business School São Paulo.
Nesse cenário, a melhor
opção para não se tornar dependente de crédito é traçar o
planejamento estratégico financeiro da empresa.
Para fazer isso, Miraglia
explica que é preciso analisar
o mercado, a situação de caixa da companhia e seu histórico em termos de inadimplência, receita por cliente e
despesa por tipos de trabalho, entre outros aspectos.
É o que faz a rede de idiomas Minds, de Maringá (PR).
Além de controlar as entradas e as saídas de dinheiro, os franqueados são orientados a depositar, no mínimo, 5% do faturamento em
um fundo de reserva para períodos em que é preciso gastar mais, como na época de
pagamento do 13º salário aos
empregados, diz a proprietária, Leiza Oliveira, 36.
A diretora da loja Olha
Quem Está Falando, Gabriela
Rotenberg, 43, acha que ficar
longe de dívidas é a saída para manter a saúde do caixa.
COMPRAR AOS POUCOS
Comprar menores volumes e mais vezes também
ajuda, opina Silvio Paixão,
professor de macroeconomia
e cenários econômicos da Fipecafi (Fundação Instituto
de Pesquisas Contábeis,
Atuariais e Financeiras).
Eduardo Candia, 43, diretor da Pizzeria Cézanne, adotou essa estratégia para equilibrar seu caixa.
"Fazíamos compras para
duas ou três semanas. Hoje,
operamos com compras semanais", diz. Assim, os gastos ficam diluídos e acompanham melhor o ritmo da entrada de receita, explica.
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