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VITRINA DE PONTA
Transparência fideliza consumidor
Evidenciar possíveis defeitos e apontar valor anterior da peça dão credibilidade à loja
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar de ser o seu principal
atrativo, não é só de preços baixos que vive um outlet. Investir
em qualidade de atendimento e
fornecer detalhes sobre o produto são ações que podem impulsionar lojas de descontos de
pequenas redes de varejo.
"As pessoas que freqüentam
outlets são mais sensíveis
a preço", lembra Claudio Felisoni de Angelo, do Provar (Programa de Administração de
Varejo). Por isso evidenciar
o desconto ofertado e apontar
o preço original da peça é uma
forma de oferecer transparência para quem compra.
Apesar de peças de coleções
passadas serem o grande chamariz das pontas-de-estoque,
produtos com defeito ou que
não passaram pelo controle de
qualidade da grife também têm
outlets como destino.
Nesse caso, sinceridade com
o comprador também é estratégia. "Temos de aprender com
alguns exemplos norte-americanos. Lá, o defeito é claramente identificado na peça", indica
Victor Almeida, do Instituto
Coppead de Administração.
A grife de moda praia Rosa
Chá, por exemplo, acaba de reinaugurar sua loja de estações
passadas. "É um espaço para
dar vazão a produtos de coleções que saíram das lojas, a peças-piloto ou a sobras", explica
o estilista Amir Slama.
A unidade conta hoje com
cerca de 500 itens diferentes. A
proximidade do verão também
impulsiona o "bazar" que a grife faz neste mês, de 15 a 19 de
novembro, em sua fábrica.
Planejamento
O novo empreendimento,
porém, tem de ser tratado com
planejamento próprio, lançando mão de equipe e de caixa independentes, mesmo que a administração esteja vinculada.
O espaço multifuncional
Spazio Vintage, que funciona
como antiquário, bar e brechó,
abriu, há um ano, sua loja de liquidações, a Spazio Outlet. A
idéia -e a necessidade- surgiu
depois que a proprietária, Stella Maris Rodrigues Garçon,
adquiriu um lote grande de peças que não teriam saída para
locação de figurino -o principal negócio da Spazio.
Como a clientela procurava a
loja para comprar as peças de
locação, Garçon investiu em
um espaço próximo e abriu o
outlet, que hoje conta com
5.000 peças novas e usadas de
diversas marcas e modelos.
A falta de funcionários para
administrar os dois pontos, distantes 50 metros, obriga o outlet a permanecer de portas fechadas -que são abertas àquela clientela que solicita atendimento. Agora, a empresária
pretende ampliar a loja principal para abrigar no mesmo espaço antiquário e outlet.
(AR)
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