São Paulo, domingo, 13 de fevereiro de 2011


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Alta de juros e garantias são barreiras para crédito

Bancos requerem de clientes documentos como demonstrativo financeiro

DE SÃO PAULO

O incremento da oferta de crédito quando o governo tenta conter a inflação pode resultar em aumento das taxas de juros das transações, assinala José Pereira da Silva, professor da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas).
É uma reação em cascata: o crédito mais caro dificulta o acesso às linhas dos bancos.
A Caixa Econômica Federal é um dos que sinalizam possíveis ajustes.
"Procuramos preservar a rentabilidade sem perder a atratividade", diz o superintendente nacional de micro e pequena empresa do banco, Zaqueu Soares Ribeiro.
O Santander prevê a manutenção das taxas, segundo o diretor-executivo de pequenas e médias empresas, Ramon Camino.
Com ou sem aumento das taxas de juros, há outro entrave ao acesso ao crédito, dizem especialistas -a necessidade de apresentar documentos como demonstrativos financeiros do negócio para comprovar a condição de quitar a dívida.
Mesmo com diversos documentos, ainda há quem não consiga autorização para o financiamento.
É o caso de Carla e Priscilla Vicente, que abriram uma clínica de depilação da rede D'Pil em setembro último.
Quando decidiram pelo investimento, estavam fechando uma empresa, e foram informadas de que seria mais fácil obter empréstimo para um negócio que contasse com histórico financeiro.
Em vez de encerrar o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) anterior, optaram por utilizá-lo, adequando o contrato social à nova atividade. Mesmo assim, não tiveram sucesso ao recorrer aos bancos. "Investimos do nosso bolso", diz Priscilla.


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