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DE OLHO LÁ FORA
Exportação por declaração simplificada cresce 17%
Aumento de 100% do valor máximo das remessas é um principais dos motivos
Renato Stockler/Folha Imagem
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PLUMAS
O empresário Wagner Stefanni, gerente de marketing da Plooma, empresa que aposta em qualidade para exportar travesseiros |
ANDRESSA ROVANI
DA REPORTAGEM LOCAL
As exportações feitas pelas
empresas brasileiras de pequeno porte ganharam destaque:
agora fazem parte da balança
comercial do país. Há um mês,
o governo brasileiro incluiu nos
cálculos de exportação as remessas feitas via DSE (Declaração Simplificada de Exportação), instrumento que simplifica os despachos aduaneiros de
mercadorias com valor máximo de US$ 20 mil e estimula a
exportação de pequenos.
A inclusão desse modelo de
exportação sinaliza o relevo
dos números referentes à comercialização de produtos de
empresas de pequeno porte:
de janeiro a março deste ano, as
pequenas firmas brasileiras já
exportaram US$ 83,1 milhões
-17,4% a mais se comparado
ao mesmo período de 2006.
O aumento se deve, em parte,
a uma instrução normativa que
elevou, em janeiro de 2006, o
valor máximo para remessas
via DSE, passando de US$ 10
mil para US$ 20 mil.
Apesar do aumento, a participação das pequenas empresas na balança comercial ainda
é restrita, destaca o diretor da
FIA (Fundação Instituto de
Administração) Celso Grisi.
"Cerca de 50% das nossas exportações são concentradas em
80 empresas; se ampliarmos
esse escopo para 200 firmas,
elas representarão 80% do volume enviado ao exterior", diz.
Não é apenas a concentração
de empresas que encobre a participação das pequenas no cenário exportador, afirma Grisi.
Segundo ele, o número de companhias exportadoras caiu de
10% a 12% nos últimos dois
anos. A principal causa, avalia,
tem sido o valor do câmbio.
Custos
A Flexform exporta há 20
anos e cerca de 15% do que produz tem como destino a América do Sul, sobretudo o Chile, o
Uruguai, o Paraguai, o Peru e a
Argentina. A fábrica, que comercializa componentes para
cadeiras e poltronas, é uma das
que lançam mão do modelo
simplificado para exportar.
"Nem sempre utilizamos a
DSE, pois, muitas vezes, ultrapassamos o valor. Mas, quando
possível, nós a preferimos devido à simplificação dos trâmites", diz Monica Barbosa Pinho, responsável pela exportação e importação da empresa.
Além da simplificação no
processo de comércio exterior,
Pinho diz que, ao optar pela
DSE, a empresa consegue, muitas vezes, baixar o custo do produto -tornando-se mais competitiva no mercado externo.
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