São Paulo, domingo, 13 de maio de 2007


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DE OLHO LÁ FORA

Exportação por declaração simplificada cresce 17%

Aumento de 100% do valor máximo das remessas é um principais dos motivos

Renato Stockler/Folha Imagem
PLUMAS
O empresário Wagner Stefanni, gerente de marketing da Plooma, empresa que aposta em qualidade para exportar travesseiros


ANDRESSA ROVANI
DA REPORTAGEM LOCAL

As exportações feitas pelas empresas brasileiras de pequeno porte ganharam destaque: agora fazem parte da balança comercial do país. Há um mês, o governo brasileiro incluiu nos cálculos de exportação as remessas feitas via DSE (Declaração Simplificada de Exportação), instrumento que simplifica os despachos aduaneiros de mercadorias com valor máximo de US$ 20 mil e estimula a exportação de pequenos.
A inclusão desse modelo de exportação sinaliza o relevo dos números referentes à comercialização de produtos de empresas de pequeno porte: de janeiro a março deste ano, as pequenas firmas brasileiras já exportaram US$ 83,1 milhões -17,4% a mais se comparado ao mesmo período de 2006.
O aumento se deve, em parte, a uma instrução normativa que elevou, em janeiro de 2006, o valor máximo para remessas via DSE, passando de US$ 10 mil para US$ 20 mil.
Apesar do aumento, a participação das pequenas empresas na balança comercial ainda é restrita, destaca o diretor da FIA (Fundação Instituto de Administração) Celso Grisi.
"Cerca de 50% das nossas exportações são concentradas em 80 empresas; se ampliarmos esse escopo para 200 firmas, elas representarão 80% do volume enviado ao exterior", diz.
Não é apenas a concentração de empresas que encobre a participação das pequenas no cenário exportador, afirma Grisi. Segundo ele, o número de companhias exportadoras caiu de 10% a 12% nos últimos dois anos. A principal causa, avalia, tem sido o valor do câmbio.

Custos
A Flexform exporta há 20 anos e cerca de 15% do que produz tem como destino a América do Sul, sobretudo o Chile, o Uruguai, o Paraguai, o Peru e a Argentina. A fábrica, que comercializa componentes para cadeiras e poltronas, é uma das que lançam mão do modelo simplificado para exportar.
"Nem sempre utilizamos a DSE, pois, muitas vezes, ultrapassamos o valor. Mas, quando possível, nós a preferimos devido à simplificação dos trâmites", diz Monica Barbosa Pinho, responsável pela exportação e importação da empresa.
Além da simplificação no processo de comércio exterior, Pinho diz que, ao optar pela DSE, a empresa consegue, muitas vezes, baixar o custo do produto -tornando-se mais competitiva no mercado externo.


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