São Paulo, domingo, 13 de maio de 2007


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DE OLHO LÁ FORA

Bijuteria é o principal item comercializado pelo correio

Problemas como padronização dificultam acesso a mercado externo

DA REPORTAGEM LOCAL

A bijuteria é um dos itens brasileiros que mais têm brilhado lá fora. Hoje, o segmento, que inclui também metais preciosos e peças de joalheria, representa uma em cada quatro mercadorias exportadas pelo Brasil via Correios.
É, ainda, há dois anos, o principal nicho no ranking do Exporta Fácil, programa dos Correios que exige a emissão da DSE (Declaração Simplificada de Exportação) para o envio de mercadorias para o exterior -soma 49,58% do valor total das vendas pelo sistema.
Para fazer parte desse rol de exportadores, no entanto, não basta apostar em produtos com boa aceitação internamente.
Adaptação e verificação das condições do país de destino são as chaves para abrir as portas que levam a outros países.
É o que indica uma pesquisa feita pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), instituição da Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"), com 77 empresas exportadoras de todos os portes.
Pelo estudo, exigências técnicas são uma das barreiras que mais interferem na comercialização de produtos brasileiros. A principal é a qualidade da mercadoria, seguida pelos testes e pela padronização.
"As barreiras técnicas são consideradas mais importantes que as tarifárias", afirma a pesquisadora Heloisa Burnquist, do Cepea. "Muitas vezes, são exigências simples, como rotulagem, que provocam grandes prejuízos às pequenas empresas por falta de informação."

Facilitador
Foi para evitar dores de cabeça que a empresa de perfumes Parallèle contou com a ajuda de uma empresa especializada em exportação. Apesar de, no Brasil, adotar a franquia como modelo de negócio, é por meio de venda direta que seus cosméticos chegarão às residências angolanas nos próximos dias.
O principal facilitador na comercialização de produtos no país africano, diz o sócio da empresa João Vianna, é um "aliado". "Contamos com uma empresa que já trabalha com o nosso parceiro importador."
Em Moçambique, o próximo destino dos produtos da marca, porém, a situação é diferente. Sem um apoio especializado, o empresário revela que a firma tem enfrentado "dificuldades com trâmites de exportação".
Mesmo assim, Vianna se diz otimista. Segundo ele, a previsão de crescimento da empresa é de pelo menos 70% neste ano, sem a receita das exportações.


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