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DE OLHO LÁ FORA
Bijuteria é o principal item comercializado pelo correio
Problemas como padronização dificultam acesso a mercado externo
DA REPORTAGEM LOCAL
A bijuteria é um dos itens
brasileiros que mais têm brilhado lá fora. Hoje, o segmento,
que inclui também metais preciosos e peças de joalheria, representa uma em cada quatro
mercadorias exportadas pelo
Brasil via Correios.
É, ainda, há dois anos, o principal nicho no ranking do Exporta Fácil, programa dos Correios que exige a emissão da
DSE (Declaração Simplificada
de Exportação) para o envio de
mercadorias para o exterior
-soma 49,58% do valor total
das vendas pelo sistema.
Para fazer parte desse rol de
exportadores, no entanto, não
basta apostar em produtos com
boa aceitação internamente.
Adaptação e verificação das
condições do país de destino
são as chaves para abrir as portas que levam a outros países.
É o que indica uma pesquisa
feita pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia
Aplicada), instituição da
Esalq/USP (Escola Superior de
Agricultura "Luiz de Queiroz"),
com 77 empresas exportadoras
de todos os portes.
Pelo estudo, exigências técnicas são uma das barreiras que
mais interferem na comercialização de produtos brasileiros.
A principal é a qualidade da
mercadoria, seguida pelos testes e pela padronização.
"As barreiras técnicas são
consideradas mais importantes
que as tarifárias", afirma a pesquisadora Heloisa Burnquist,
do Cepea. "Muitas vezes, são
exigências simples, como rotulagem, que provocam grandes
prejuízos às pequenas empresas por falta de informação."
Facilitador
Foi para evitar dores de cabeça que a empresa de perfumes
Parallèle contou com a ajuda de
uma empresa especializada em
exportação. Apesar de, no Brasil, adotar a franquia como modelo de negócio, é por meio de
venda direta que seus cosméticos chegarão às residências angolanas nos próximos dias.
O principal facilitador na comercialização de produtos no
país africano, diz o sócio da empresa João Vianna, é um "aliado". "Contamos com uma empresa que já trabalha com o
nosso parceiro importador."
Em Moçambique, o próximo
destino dos produtos da marca,
porém, a situação é diferente.
Sem um apoio especializado, o
empresário revela que a firma
tem enfrentado "dificuldades
com trâmites de exportação".
Mesmo assim, Vianna se diz
otimista. Segundo ele, a previsão de crescimento da empresa
é de pelo menos 70% neste ano,
sem a receita das exportações.
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