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QUEBRA-CABEÇA DO NOME
Empresários enfrentam dificuldade
Orientação é elaborar uma lista com alternativas para batizar o novo empreendimento
Rodrigo Capote/Folha Imagem
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Alessandro Damasceno batizou o empreendimento de FuckWear para "sair do convencional"
JORDANA VIOTTO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A decisão de abrir um negócio implica pensar em estratégia, produtos e serviços, público-alvo e mercado. Frente a
tantas questões, escolher um
nome parece trivial. Mas não é.
Nas Juntas Comerciais estaduais, órgãos que registram a
razão social das empresas, a incidência de erros na hora de batizar um empreendimento é
grande. Em São Paulo, boa parte dos processos retorna por
equívocos -um deles, o nome.
Um dos empecilhos é a disponibilidade. No Brasil, existem 600 mil marcas registradas
no Inpi (Instituto Nacional de
Propriedade Industrial).
Registrar a marca não é obrigatório, mas o número indica
a dificuldade de encontrar uma
boa opção disponível.
"O nome é um dos elementos
que diferenciam produtos, serviços e empresas", destaca Richard Vinic, coordenador da
pós-graduação em marketing
da Fundação Armando Alvares
Penteado, sobre a importância
de uma seleção benfeita.
Investir tempo na escolha,
portanto, é um fator-chave para o sucesso do empreendimento. "Partimos de uma lista
de 1.500 opções para encontrar
uma", destaca Rogério Ramires, 40, um dos sócios do Femme Laboratório da Mulher (leia
mais na página ao lado.)
Domínios de sites
Exageros à parte, fazer uma
lista agiliza o processo. "Se uma
ideia não der certo, parte-se para a seguinte", ensina o advogado Renato Ferrari D'Addio, do
escritório Peixoto & Cury.
Essa é a estratégia de Marcelo Faria, 24, sócio da International Marketing Research.
A companhia, que presta serviços de marketing e de tecnologia da informação, vai se dividir
em duas em breve. "Oportunidades nos levaram a seguir os
dois caminhos, mas não faz
mais sentido ter uma empresa
que atua em duas frentes", destaca o empresário.
Agora, a missão de Faria
é elaborar nomes para ambas.
"É mais complexo do que aparenta", reclama. O problema
é multiplicado porque, além
de buscar dois nomes, Farias
está preocupado com o domínio para os sites, que estão
vinculados a essa escolha.
A loja Simulassão usa o nome
para chamar a atenção dos consumidores. Trocou o "ç" da palavra original por "ss". "Quisemos fugir da mesmice e brincar
com a ortografia", explica Medley Sabrina Santos, 25, analista de marketing da marca.
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