São Paulo, domingo, 14 de março de 2010


Próximo Texto | Índice

QUEBRA-CABEÇA DO NOME

Empresários enfrentam dificuldade

Orientação é elaborar uma lista com alternativas para batizar o novo empreendimento

Rodrigo Capote/Folha Imagem
Alessandro Damasceno batizou o empreendimento de FuckWear para "sair do convencional"

JORDANA VIOTTO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A decisão de abrir um negócio implica pensar em estratégia, produtos e serviços, público-alvo e mercado. Frente a tantas questões, escolher um nome parece trivial. Mas não é.
Nas Juntas Comerciais estaduais, órgãos que registram a razão social das empresas, a incidência de erros na hora de batizar um empreendimento é grande. Em São Paulo, boa parte dos processos retorna por equívocos -um deles, o nome.
Um dos empecilhos é a disponibilidade. No Brasil, existem 600 mil marcas registradas no Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial).
Registrar a marca não é obrigatório, mas o número indica a dificuldade de encontrar uma boa opção disponível.
"O nome é um dos elementos que diferenciam produtos, serviços e empresas", destaca Richard Vinic, coordenador da pós-graduação em marketing da Fundação Armando Alvares Penteado, sobre a importância de uma seleção benfeita.
Investir tempo na escolha, portanto, é um fator-chave para o sucesso do empreendimento. "Partimos de uma lista de 1.500 opções para encontrar uma", destaca Rogério Ramires, 40, um dos sócios do Femme Laboratório da Mulher (leia mais na página ao lado.)

Domínios de sites
Exageros à parte, fazer uma lista agiliza o processo. "Se uma ideia não der certo, parte-se para a seguinte", ensina o advogado Renato Ferrari D'Addio, do escritório Peixoto & Cury.
Essa é a estratégia de Marcelo Faria, 24, sócio da International Marketing Research. A companhia, que presta serviços de marketing e de tecnologia da informação, vai se dividir em duas em breve. "Oportunidades nos levaram a seguir os dois caminhos, mas não faz mais sentido ter uma empresa que atua em duas frentes", destaca o empresário.
Agora, a missão de Faria é elaborar nomes para ambas. "É mais complexo do que aparenta", reclama. O problema é multiplicado porque, além de buscar dois nomes, Farias está preocupado com o domínio para os sites, que estão vinculados a essa escolha.
A loja Simulassão usa o nome para chamar a atenção dos consumidores. Trocou o "ç" da palavra original por "ss". "Quisemos fugir da mesmice e brincar com a ortografia", explica Medley Sabrina Santos, 25, analista de marketing da marca.


Próximo Texto: Frases
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.