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Qualificação é um dos benefícios
Empresas de software que se internacionalizam ficam mais competitivas, dizem consultores
DE SÃO PAULO
A ampliação de mercado,
o aumento da capacidade de
competir, inclusive no mercado interno, e o consequente amadurecimento dos negócios são as vantagens
de iniciar o processo de internacionalização, de acordo
com consultores e empresários ouvidos pela Folha.
"A exportação exige um
nível de qualidade maior",
atesta Roberto Mayer, presidente da Assespro-SP (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet).
A presença das estrangeiras no Brasil, acrescenta
Antonio Almeida, diretor da
AT Kearney, "exige a adoção
de padrões mais rígidos, de
nível internacional".
Há situações, entretanto,
em que elas passam de concorrentes a aliadas. Foi o caso da P3D, que vende softwares educacionais em dez línguas para mais de 20 países
com o apoio da Microsoft.
A norte-americana ofereceu-lhe o sistema operacional Windows com pacote de
caracteres especiais e ideogramas para teste dos softwares em desenvolvimento.
Nascida no Cietec (Centro
Incubador de Empresas Tecnológicas), a empresa participou de suas primeiras feiras internacionais em 2005.
Hoje, 20% dos R$ 3 milhões que vende são oriundos do exterior. "Prevemos
chegar a R$ 20 milhões em
cinco anos. Metade disso
deverá vir de fora", afirma o
sócio Mervyn Lowe, 44.
CRÉDITO
Apesar de a exportação de
softwares ser um nicho em
alta, entidades e empresários
reclamam da falta de linhas
específicas de financiamento
e de incentivos fiscais.
Há um ano, o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto que reduz de
20% para 10% a alíquota da
Previdência sobre a folha de
pagamento de empresas de
TI com foco em exportação.
"Na ponta do lápis, significa só 1% para o caixa da empresa", diz Roberto Mayer.
O Prosoft, programa do
BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social) que financia empresas exportadoras da área,
também é criticado pelas exigências consideradas fora da
realidade das pequenas.
Ele exige um valor mínimo
para financiamento direto de
US$ 200 mil e só pode ser solicitado por empresas que estejam constituídas e em operação há mais de cinco anos.
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