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Expandir por meio desse sistema não é um processo simples e exige um estudo sobre o negócio
Franquia soluciona a falta de capital
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Padronizar atendimento e produto e transformar o negócio em
franquia são algumas das fórmulas adotadas por empresários que
começaram quase do nada.
Mas o processo não é simples.
Na implementação do franchising é preciso que estejam presentes alguns requisitos como marca,
propaganda unificada, mercado
não-saturado e algum diferencial.
De acordo com os consultores,
quando satisfeitos os requisitos,
essa é uma boa oportunidade de
crescimento para quem não tem
capital imediato. "Mas só se descobre se o negócio é franqueável
se for feito um estudo do caso",
avisa André Friedheim, 33, diretor da consultoria Francap.
Liana Bittencourt, 24, diretora
da Bittencourt Consultoria, concorda. "Há redes em que franqueados entraram na Justiça contra o franqueador, pois houve expansão em excesso e iniciou-se
uma concorrência interna."
Exceção
Mas no caso de Elizabeth da Cunha Pimenta, 53, não houve estudo algum. Ela é a proprietária da
Água de Cheiro, que começou
com uma loja em Belo Horizonte.
Em 1976, ela investiu seu FGTS
(Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço) e comprou uma loja de
17 m2. Os perfumes eram vendidos em sacos de feltro artesanais.
Foi um sucesso na capital mineira, e as pessoas pediram para
abrir lojas iguais em outros locais.
"Em uma festa, um colega elogiou o sistema de franchising que
eu havia montado, mas eu nem
sabia o que a palavra significava."
Treinamento
Em contrapartida, há empresas
que, embora estejam muito bem
independentes, não se adaptaram
ao franchising, como a Casa das
Calcinhas. "Tentamos mudar,
mas os franqueados não tiveram
aptidão para vender peças íntimas, então recomprei as lojas",
conta Zilah Marques Deieno, 58.
De acordo com Bittencourt, é
indispensável que a rede invista
em treinamento. "Tivemos um
caso recente da rede FujiFilm em
que algumas lojas iam bem, e outras, não. O faturamento subiu
30%, mas só após treinamentos."
Já para achar o momento ideal
de expansão, é preciso estar atento às oportunidades, como fez Pedro Eduardo Weinberger, 37, sócio da Grão Espresso Cafeteria.
A empresa possui hoje 97 unidades, com faturamento total de
R$ 17 milhões, mas já passou por
momentos difíceis. "De 92 a 94,
montamos duas cafeterias, mas
não conseguíamos entrar nos
shoppings", diz Weinberger. A
rede só ganhou espaço em 1996,
quando o Wal-Mart chegou ao
Brasil. "Colocamos lojas em todas
as unidades e crescemos."
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