São Paulo, domingo, 16 de março de 2008


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REMESSA SORTIDA

Novos negócios precisam de cautela

Empresário deve pesquisar se produto será bem-aceito no país

DA REPORTAGEM LOCAL

A onda de novas oportunidades de negócios vindos do exterior e as tendências devem ser vistas com cautela pelo empresário, especialmente se essa for a sua primeira franquia.
Para o consultor Marcus Rizzo, da Rizzo Franchising, o empreendedor não deve apenas seguir o que é considerado tendência, mas buscar um negócio com que se identifique. "Isso é a chave para o sucesso. Se o dono não gostar do que vende ou do tipo de serviço que oferece, o empreendimento terá mais chances de dar errado", afirma Rizzo.
O consultor destaca que, no Brasil, ainda faltam profissionalização e estruturação às redes. "Setores como os de estética, beleza e saúde, muitas vezes geridos por maus profissionais, ainda deverão ser aprimorados antes de crescer", opina.
Adir Ribeiro, diretor de educação corporativa do Grupo Cherto, aponta que uma das maneiras de melhorar o negócio é fazer uma gestão com pensamento empresarial. "Os franqueados têm de pensar como empresários, e não como uma espécie de empregado do franqueador", afirma. "As redes têm de proporcionar capacitação e fazer o plano de negócio junto com o franqueado."
Ribeiro destaca a Contém 1g, da área de cosméticos e beleza, e a Localiza, de locação de veículos, como empresas que adotam essa prática.
Para empresas nacionais, a interação entre franqueador e franqueado pode parecer mais fácil, por fatores culturais e pela facilidade de comunicação.

Análise
Por esse motivo, consultores recomendam que o empresário analise todos os riscos na hora de escolher uma franquia internacional para investir.
"O empresário deve conhecer como a empresa atua em sua terra natal, para não ter surpresas depois", avalia Ricardo Camargo, da ABF.
Ele aconselha o empresário a investigar se o mercado nacional é compatível com o produto que será comercializado e se será preciso -e permitido- realizar algumas adaptações. "O empresário deve fazer uma avaliação criteriosa do contrato jurídico e, principalmente, do investimento, que pode ser bem alto", aconselha.

"Made in"
Além de ser um produto estrangeiro e novo no mercado, outro risco de um produto inédito é a possibilidade de ser uma "moda passageira", de acordo com Marcus Rizzo.
Ele destaca ainda que o franqueado pode não ter a experiência necessária para lidar com um negócio que precisa de trabalhos de divulgação e de marketing bem elaborados.
"Entretanto, a novidade no mercado pode ser muito atrativa, e o potencial de retorno é bastante elevado", diz. (MCN)


Colaborou MARIANA IWAKURA , da Reportagem Local


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