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REMESSA SORTIDA
Novos negócios precisam de cautela
Empresário deve pesquisar se produto será bem-aceito no país
DA REPORTAGEM LOCAL
A onda de novas oportunidades de negócios vindos do exterior e as tendências devem ser
vistas com cautela pelo empresário, especialmente se essa for
a sua primeira franquia.
Para o consultor Marcus
Rizzo, da Rizzo Franchising, o
empreendedor não deve apenas seguir o que é considerado
tendência, mas buscar um negócio com que se identifique.
"Isso é a chave para o sucesso. Se o dono não gostar do que
vende ou do tipo de serviço que
oferece, o empreendimento
terá mais chances de dar errado", afirma Rizzo.
O consultor destaca que, no
Brasil, ainda faltam profissionalização e estruturação às redes. "Setores como os de estética, beleza e saúde, muitas vezes
geridos por maus profissionais,
ainda deverão ser aprimorados
antes de crescer", opina.
Adir Ribeiro, diretor de educação corporativa do Grupo
Cherto, aponta que uma das
maneiras de melhorar o negócio é fazer uma gestão com pensamento empresarial.
"Os franqueados têm de pensar como empresários, e não
como uma espécie de empregado do franqueador", afirma. "As
redes têm de proporcionar capacitação e fazer o plano de negócio junto com o franqueado."
Ribeiro destaca a Contém 1g,
da área de cosméticos e beleza,
e a Localiza, de locação de veículos, como empresas que adotam essa prática.
Para empresas nacionais, a
interação entre franqueador e
franqueado pode parecer mais
fácil, por fatores culturais e pela facilidade de comunicação.
Análise
Por esse motivo, consultores
recomendam que o empresário
analise todos os riscos na hora
de escolher uma franquia internacional para investir.
"O empresário deve conhecer como a empresa atua em
sua terra natal, para não ter
surpresas depois", avalia Ricardo Camargo, da ABF.
Ele aconselha o empresário a
investigar se o mercado nacional é compatível com o produto
que será comercializado e se será preciso -e permitido- realizar algumas adaptações. "O
empresário deve fazer uma
avaliação criteriosa do contrato
jurídico e, principalmente, do
investimento, que pode ser
bem alto", aconselha.
"Made in"
Além de ser um produto estrangeiro e novo no mercado,
outro risco de um produto inédito é a possibilidade de ser
uma "moda passageira", de
acordo com Marcus Rizzo.
Ele destaca ainda que o franqueado pode não ter a experiência necessária para lidar
com um negócio que precisa de
trabalhos de divulgação e de
marketing bem elaborados.
"Entretanto, a novidade no
mercado pode ser muito atrativa, e o potencial de retorno é
bastante elevado", diz.
(MCN)
Colaborou MARIANA IWAKURA , da
Reportagem Local
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