São Paulo, domingo, 16 de dezembro de 2007


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CARDÁPIO DE VERÃO

Empresários investem na estação para faturar mais

Abertura de unidades em cidades praianas ganha força nesta época

DANIEL SALLES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Marcado para começar em 1º de fevereiro de 2008, duas semanas mais cedo do que neste ano, o Carnaval já é motivo de apreensão para empresários que faturam com a alta temporada: os turistas devem voltar para casa antes. Ainda assim, o cenário é de otimismo.
A expectativa entre lojistas, donos de bares e hotéis é que o ganho com as férias de fim de ano seja maior do que em 2007.
"Entre dezembro e fevereiro, faturamos cerca de 50% a mais do que nos demais meses", contabiliza a empresária Rosana Santos, que planeja superar essa marca nesta temporada.
Proprietária do tradicional Bar Luiz, inaugurado no centro do Rio de Janeiro há 120 anos, ela investiu em uma filial do botequim na praia de Copacabana em 2005.
A iniciativa deu tão certo que agora a empresária decidiu abrir um terceiro quiosque, desta vez no morro da Urca -parada obrigatória para quem sobe ao Pão de Açúcar de bondinho.
"O principal segredo é poupar o que entra na época mais quente do ano para não amargar prejuízo depois", conta.

Outras vias
Assim como Santos, diversos comerciantes aproveitam a enxurrada de turistas para multiplicar seus rendimentos.
"O fundamental de um bom negócio é sua localização", indica Sérgio Marques, diretor-executivo da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes). "É preciso estar perto dos consumidores."
A Barraca do Pepê, rede de quiosques do Rio de Janeiro que prosperou com a venda de sanduíches naturais a R$ 10, abriu pontos-de-venda em uma academia e em um shopping para atrair os consumidores que não vão à praia.
"Atendemos em média 3.000 clientes na baixa temporada. Nas férias, esse número sobe para 7.000", observa Marcelo Puget, diretor de marketing.
Prospectar clientes em potencial para expandir o faturamento também foi a estratégia adotada por Davi Moreno e Luiz Antonio Bonagura.
Em 2004, tiveram a idéia de vender pizza em formato de cone para permitir que ela fosse consumida em quiosques de praia. A dupla montou uma cozinha industrial capaz de produzir 600 mil pizzas por mês.
Com duas unidades, a empresa, batizada de Cônicos, busca parceiros para instalar franquias em cidades praianas. Em média, o investimento inicial para montar uma unidade é de R$ 100 mil, com taxa mensal de 5% sobre o faturamento.
Outras redes de franchising, como o Bob's e a Nutty Bavarian, negociam franquias de três meses de duração -mas só para quem já é franqueado.
"É um bom investimento para aumentar ganhos no verão", afirma Ricardo Camargo, diretor-executivo da Associação Brasileira de Franchising.


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