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CARDÁPIO DE VERÃO
Empresários investem na estação para faturar mais
Abertura de unidades em cidades praianas ganha força nesta época
DANIEL SALLES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Marcado para começar em 1º
de fevereiro de 2008, duas semanas mais cedo do que neste
ano, o Carnaval já é motivo de
apreensão para empresários
que faturam com a alta temporada: os turistas devem voltar
para casa antes. Ainda assim, o
cenário é de otimismo.
A expectativa entre lojistas,
donos de bares e hotéis é que o
ganho com as férias de fim de
ano seja maior do que em 2007.
"Entre dezembro e fevereiro,
faturamos cerca de 50% a mais
do que nos demais meses", contabiliza a empresária Rosana
Santos, que planeja superar essa marca nesta temporada.
Proprietária do tradicional
Bar Luiz, inaugurado no centro
do Rio de Janeiro há 120 anos,
ela investiu em uma filial do botequim na praia de Copacabana
em 2005.
A iniciativa deu tão certo que
agora a empresária decidiu
abrir um terceiro quiosque,
desta vez no morro da Urca
-parada obrigatória para
quem sobe ao Pão de Açúcar
de bondinho.
"O principal segredo é poupar o que entra na época mais
quente do ano para não amargar prejuízo depois", conta.
Outras vias
Assim como Santos, diversos
comerciantes aproveitam a enxurrada de turistas para multiplicar seus rendimentos.
"O fundamental de um bom
negócio é sua localização", indica Sérgio Marques, diretor-executivo da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes). "É preciso estar
perto dos consumidores."
A Barraca do Pepê, rede de
quiosques do Rio de Janeiro
que prosperou com a venda de
sanduíches naturais a R$ 10,
abriu pontos-de-venda em uma
academia e em um shopping
para atrair os consumidores
que não vão à praia.
"Atendemos em média 3.000
clientes na baixa temporada.
Nas férias, esse número sobe
para 7.000", observa Marcelo
Puget, diretor de marketing.
Prospectar clientes em potencial para expandir o faturamento também foi a estratégia
adotada por Davi Moreno e
Luiz Antonio Bonagura.
Em 2004, tiveram a idéia de
vender pizza em formato de cone para permitir que ela fosse
consumida em quiosques de
praia. A dupla montou uma cozinha industrial capaz de produzir 600 mil pizzas por mês.
Com duas unidades, a empresa, batizada de Cônicos,
busca parceiros para instalar
franquias em cidades praianas.
Em média, o investimento inicial para montar uma unidade é
de R$ 100 mil, com taxa mensal
de 5% sobre o faturamento.
Outras redes de franchising,
como o Bob's e a Nutty Bavarian, negociam franquias de
três meses de duração -mas só
para quem já é franqueado.
"É um bom investimento para aumentar ganhos no verão",
afirma Ricardo Camargo, diretor-executivo da Associação
Brasileira de Franchising.
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