São Paulo, domingo, 17 de junho de 2007


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em foco

representação comercial

Busca pela atividade cresce no país, diz especialista

Escolha de produtos é determinante para se fixar no mercado

MARIA CAROLINA NOMURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Nem indústria, nem varejo. A possibilidade de fugir dos gastos com matéria-prima ou com um ponto-de-venda tem levado empresários para o ramo da representação comercial.
É o que indicam dados do Conselho Regional dos Representantes Comerciais do Estado de São Paulo. Segundo a entidade, cerca de 10 mil pessoas buscaram o auxílio do conselho, em 2006, dispostas a abrir uma empresa nessa área.
"O crescimento do número de firmas nesse segmento tem sido significativo", enfatiza o presidente do conselho, Arlindo Liberatti. O órgão, assinala, conta com cerca de 90 mil empreendimentos registrados.
Para ingressar nesse setor, no entanto, não basta o contato com indústrias. É preciso fazer pesquisas para identificar nichos pouco explorados e aceitação de produtos, sinaliza Jaime Akila Kochi, consultor de comércio exterior do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
Os itens a serem vendidos, avaliam os especialistas, são o ponto-chave do negócio.

Dificuldade
"A dificuldade de se posicionar nesse mercado é que muitos profissionais representam commodities, produtos sem valor agregado", explica o empresário Sérgio Lucci, proprietário da Polycarpet, que representa cinco fábricas internacionais.
O indicado, completa Liberatti, "é representar uma empresa que tenha produtos de maior aceitação no mercado".
O empresário Paulo Akiau já conhecia o potencial do setor de academias de ginástica antes de investir na representação comercial. Organizador de feiras do segmento, detectou a oportunidade de lançar filmes de programas de exercícios físicos pré-coreografados.
Contatado pela Les Mills, firma neozelandesa, fundou a Bo-dy Systems para representá-la.
"Comecei sozinho, com apenas um telefone. Hoje, o faturamento ultrapassa os R$ 4 milhões anuais", assinala Akiau.
Para empresas que atuam em outros setores, a representação comercial pode ajudar a impulsionar imagem e vendas, destaca o gerente de marketing da Controle Net, Júlio Esteves.
A firma, da área de informática, passou a representar produtos importados no Brasil. "O faturamento aumentou 300% em três anos", afirma.


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