São Paulo, domingo, 17 de novembro de 2002


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Situações críticas na empresa exigem formação de equipes diferenciadas e com metas definidas, dizem especialistas

Força-tarefa ajuda a superar os impasses

FREE-LANCE PARA A FOLHA

De repente chega o momento de a empresa dar um passo decisivo. É a hora de investir pesado em maquinário ou instalações, de contratar alguém com função-chave, de implantar um projeto de modernização tecnológica ou, então, de reestruturar setores para melhorar o ritmo de trabalho.
Para lidar com essas situações extraordinárias, muitas empresas apelam para um recurso igualmente especial: as "task forces".
O termo em português significa "força-tarefa", ou seja, um grupo de pessoas de diferentes áreas que atuam juntas, mas com certa independência, para buscar soluções para problemas específicos.
Segundo o diretor-geral da Nicholson Consulting do Brasil, Leonel Mendonça, existe uma "tendência de dissolução de hierarquias e fortalecimento das forças-tarefa" no mercado mundial.
Mendonça afirma que a idéia de trabalhar com equipes para executar projetos -e não para desempenhar funções mecânicas e repetitivas- "oferece mais flexibilidade às empresas, ajudando a vencer os concorrentes".
O holandês Victor Pinedo, consultor e autor do livro "Tsunami - Construindo Organizações Capazes de Prosperar em Maremotos" (ed. Gente, R$ 34,90), completa: "Um dia, as organizações não terão mais departamentos, mas serão estruturadas por equipes com metas específicas".

Faça você mesmo
O gerente de qualidade do grupo Catho, Renato Scher, indica os primeiros passos para quem quer montar uma força-tarefa -recurso mais recomendado às médias e às grandes empresas.
Antes de mais nada, identifique qual é o obstáculo a ser superado e, então, estruture uma equipe apropriada. Se a questão é contratar um executivo fundamental, por exemplo, envolva as áreas de recursos humanos e financeira, além de funcionários que trabalharão com o contratado.
Na formação da equipe em uma empresa de maior porte, por exemplo, às vezes é melhor envolver gerentes do que diretores. Procure atentar para a competência técnica e a capacidade de comunicação de cada um, e não para a sua posição hierárquica.
Dê autonomia para que decisões de nível operacional sejam implantadas, mas não as de caráter estratégico para a empresa.
Segundo os especialistas, também é preciso estabelecer metas e prazos, mas sem deixar de ser flexível. O resultado de uma força-tarefa pode demorar até seis meses para aparecer. (RE)


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