São Paulo, domingo, 18 de abril de 2010


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Barbearias conquistam com ambiente repaginado, toalhas quentes e navalhas

DA REPORTAGEM LOCAL

Um salão onde entram somente homens para fazer a barba, cortar o cabelo e falar de "assuntos de macho".
O conceito que remete à primeira metade do século 20 tem atraído clientes que preferem o ambiente tradicional, ainda que os serviços oferecidos sejam mais sofisticados.
Prova disso é a Barbearia Clube, de Curitiba, que está em sua terceira unidade -duas delas franquias- depois de dois anos de existência.
A empresa surgiu como alternativa para quem quer se cuidar, mas não se sente bem entre secadores e esmaltes, conforme explica a proprietária Meire Ferreira Pinto, 50.
O mote "coisa de macho" está na decoração -o tradicional chão quadriculado e tons de marrom, preto e branco em paredes e acessórios- e nos extras. Os clientes podem se servir de cerveja no bar enquanto acompanham um jogo no telão.
Os serviços vão além do tradicional "barba, cabelo e bigode". Manicure, pedicuro, depilação e massagem estão no menu da barbearia.
"Eles têm vergonha de fazer mão e pé quando há mulheres no mesmo salão. Aqui, ficam à vontade", garante a dona.
O salão Hair Design, no bairro paulistano dos Jardins, apostou nos serviços de barbearia há dez anos para atender aos maridos das clientes. A sala na qual são recebidos é isolada, para garantir privacidade.
O barbeiro Jorge Antunes Lacerda, 65, usa toalhas quentes e navalha. Em média, faz sete barbas por dia.
O público majoritário é de gente de meia-idade. "Mas os jovens também vêm." (JV)


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