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Barbearias conquistam com ambiente repaginado, toalhas quentes e navalhas
DA REPORTAGEM LOCAL
Um salão onde entram somente homens para fazer a
barba, cortar o cabelo e falar
de "assuntos de macho".
O conceito que remete à primeira metade do século 20 tem
atraído clientes que preferem o
ambiente tradicional, ainda
que os serviços oferecidos sejam mais sofisticados.
Prova disso é a Barbearia
Clube, de Curitiba, que está em
sua terceira unidade -duas delas franquias- depois de dois
anos de existência.
A empresa surgiu como alternativa para quem quer se
cuidar, mas não se sente bem
entre secadores e esmaltes,
conforme explica a proprietária Meire Ferreira Pinto, 50.
O mote "coisa de macho" está
na decoração -o tradicional
chão quadriculado e tons de
marrom, preto e branco em paredes e acessórios- e nos extras. Os clientes podem se servir de cerveja no bar enquanto
acompanham um jogo no telão.
Os serviços vão além do tradicional "barba, cabelo e bigode". Manicure, pedicuro, depilação e massagem estão no menu da barbearia.
"Eles têm vergonha de fazer
mão e pé quando há mulheres
no mesmo salão. Aqui, ficam à
vontade", garante a dona.
O salão Hair Design, no bairro paulistano dos Jardins,
apostou nos serviços de barbearia há dez anos para atender
aos maridos das clientes. A sala
na qual são recebidos é isolada,
para garantir privacidade.
O barbeiro Jorge Antunes
Lacerda, 65, usa toalhas quentes e navalha. Em média, faz
sete barbas por dia.
O público majoritário é de
gente de meia-idade. "Mas os
jovens também vêm."
(JV)
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