São Paulo, domingo, 18 de abril de 2010


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Gráfica em SP perde 60% dos pedidos

DA REPORTAGEM LOCAL

A impressora alemã de 1929 que roda há 27 anos na Gráfica Fidalga chegou a gerar 300 modelos de cartazes do tipo lambe-lambe por mês. Hoje, são cerca de dez.
"Dá para pagar o aluguel e tirar um dinheirinho para a gente", afirma Mauricio Pereira Santos, 74, um dos três impressores que trabalham no empreendimento.
Ele recebe R$ 800 mensais para complementar a aposentadoria de R$ 500.
As novas tecnologias de impressão já vinham substituindo os trabalhos feitos na máquina manual. Com a Lei Cidade Limpa, instituída em 2007, a empresa perdeu mais de 60% de seus pedidos.
Em dificuldade financeira, o então proprietário vendeu o salão em Pinheiros, na capital paulista, onde ficava a fábrica. Considerou vender a máquina também -e até recebeu proposta para isso.
Mas preferiu fazer uma troca com os funcionários, já que não conseguia mais pagar seus salários.
"[O antigo proprietário] falou para ficarmos com a máquina e garantirmos nosso sustento", conta Santos.
Os três colegas mudaram a empresa para um imóvel alugado. "Adoramos a gráfica e quisemos salvá-la." (JV)


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