São Paulo, domingo, 18 de abril de 2010


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"Delivery" de roupas infantis visa mães sem tempo livre

Empresárias entregam kit e fazem retirada após 48h

BRUNA BORGES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Roupas infantis entregues em casa e retiradas após 48h. O cliente tem tempo de experimentar e não precisa sair de casa para abastecer o armário.
Esse sistema de "delivery" é a nova arma de mulheres que querem permanecer mais tempo ao lado dos filhos.
Após trabalhar quatro anos como monitora de exposições, e disposta a acompanhar o crescimento da filha de dois anos, Fernanda Thiele, 34, abriu uma loja de "delivery" de roupas infantis, a Tchunga Marepunga.
O cliente faz o pedido por e-mail ou telefone, passa dados como idade, sexo e peso e recebe em casa um kit com peças de acordo com o perfil da criança. O pagamento também é prático: basta incluir cheque ou dinheiro na retirada dos produtos, 48h após a entrega.
"Eu quero ajudar a mãe que está sem tempo e, seus filhos, sem roupa", assinala a empresária, que afirma lucrar cerca de R$ 10 mil por mês.
O custo de cada kit para o consumidor varia de R$ 200 a R$ 800, afirma Thaís Abujamra, 37, dona das lojas Oliva, criadas há quatro anos. O lucro, destaca a advogada, é o dobro do valor gasto na produção e no envio dos pacotes.
Abujamra conta com uma unidade que oferece o serviço de "delivery", montada quando, depois de se afastar do escritório no qual atuava para cuidar dos filhos que estavam doentes, sentiu-se desatualizada ao voltar ao direito. Seu investimento inicial para montar a confecção foi de R$ 200 mil. Para estruturar a entrega dos produtos, foram aplicados R$ 1.000.
Segundo ela, a inadimplência no serviço de entrega é baixa. "Na loja, chega a 10% das vendas, pelo "delivery" não alcança 0,5%", compara.


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