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Mesmo sem descartar a troca bilateral, muitos empresários têm optado por serviços de firmas que gerenciam permutas multilaterais, com o objetivo de realizar o maior número possível de trocas de produtos ou serviços dentro do que se propõem a oferecer.
Com quatro anos de atuação no mercado brasileiro, a Tradaq é uma das que realizam esse tipo de gerenciamento. As empresas, ao serem associadas ao seu sistema, passam a ter uma conta de intercâmbio que receberá uma moeda exclusiva, o Único (Unidade de Intercâmbio Comercial).
A gerenciadora compra produtos e serviços dessas empresas associadas, que recebem Únicos como pagamento em sua conta. Com esse crédito, elas podem adquirir os produtos e os serviços também vendidos pelas demais associadas ao sistema. A empresa decide quanto quer vender ou quanto quer comprar.

Todos os tamanhos
Embora as companhias de médio porte sejam as que mais procuram esse serviço, segundo informações fornecidas pela própria gerenciadora, há também pequenas empresas e multinacionais associadas ao sistema.
"Isso porque o custo maior para uma firma que passa a usar esse tipo de serviço seria o de não vender a sua mercadoria, o que não significa que ela não possa usar o crédito acumulado. Então, é lucro", afirma José Eduardo Rivero, diretor da Tradaq no Brasil, que agenda visitas de novos associados também pela internet.
No sistema da Permute, que há um ano investe no gerenciamento de permutas multilaterais no país, há até a possibilidade de liquidar trocas bilaterais feitas fora desse sistema, trocando o crédito por UP (Unidade de Permuta) -a moeda da gerenciadora.
O crédito adquirido é posto à disposição dos afiliados da Permute em sua rede de negociações. "Vejo a permuta multilateral como uma forma inteligente de trocas", diz o dono da gerenciadora, Flávio Zaclis.
"Como muitas vezes você pode querer a minha mídia e eu não precisar do seu serviço de gráfica, por exemplo, nesse sistema todo mundo acaba ganhando. O afiliado que estiver apto a comprar e a vender usa as UPs [1 UP corresponde a R$ 1] da forma que bem entende", complementa.
Há uma seleção antes de a companhia interessada ser inserida ao grupo. "Se associarmos à nossa rede um número grande de empresas de um mesmo ramo, só por ser o mais procurado, as opções se tornarão muito limitadas às demais", justifica Zaclis.


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