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Custo não deve passar de 15% do faturamento
Empresário deve reforçar marketing para competir com grandes redes
DE SÃO PAULO
Abrir uma loja em shopping center só será uma empreitada lucrativa para quem
souber equilibrar a receita
com os gastos, que são elevados, comentam especialistas
consultados pela Folha.
É preciso avaliar três custos de manutenção: aluguel,
condomínio e fundo de promoção da marca do shopping. A cobrança do aluguel,
por exemplo, pode ser um valor fixo combinado com a administradora ou um percentual sobre vendas -cobra-se
o maior deles.
O total desses custos não
deve superar 15% do faturamento do estabelecimento,
explica Luiz Alberto Marinho, professor do Núcleo de
Estudos do Varejo da ESPM
(Escola Superior de Propaganda e Marketing).
O custo das luvas (valor do
ponto pago ao empresário
que estava antes no local),
que varia de acordo com tráfego, localização e necessidade de venda do ponto,
também deve estar na planilha de gastos do empresário.
Mas não são apenas os
custos relacionados ao ponto
que merecem atenção redobrada. Especialistas recomendam preparar um plano
de negócios que também
contemple estratégias de
marketing para reforçar a
marca segundo o nível de demanda do público.
Em um shopping center,
pequenos empresários competem com grandes redes de
lojas, que possuem estrutura
maior, mais recursos para
apresentar conceitos e tendências e atrair clientela.
"O novo lojista tem de saber que está ingressando em
ambiente altamente profissional e competitivo, não há
lugar para experiências amadoras", opina Claudio Guaranys, que coidealizou o planejamento do MBA sobre
shopping center na FGV
(Fundação Getulio Vargas).
ARRUMANDO A CASA
As estratégias de marketing hoje são formatadas de
acordo com as necessidades
do público-alvo, não mais
apenas a partir do produto,
segundo Iara Jatene, dona da
A6 Arquitetura e Design, que
atua com empreendimentos
em shoppings há 28 anos.
Ela afirma que materiais,
iluminação e decoração devem ser analisados para
atender à demanda do cliente e não só reforçar a marca.
Para não perder o alto investimento que deve ser feito, Alberto Oyama, 40, testa
o poder de venda da marca
contém1g em quiosques.
Quando percebe resultados
positivos, amplia o negócio
para uma loja.
"O custo do aluguel [do
quiosque] é alto, mas a vantagem é que as cláusulas do
contrato são menos duras."
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