São Paulo, domingo, 20 de fevereiro de 2011


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"Verdes" são destaque na Europa

Feira alemã traz 59 lançamentos ecológicos, com material sustentável e energia renovável

PATRÍCIA TRUDES DA VEIGA
ENVIADA ESPECIAL A NUREMBERG (ALEMANHA)

Não foi de madeira o mais comentado brinquedo da Spielwarenmesse, feira alemã conhecida por antecipar tendências. De plástico, ele é um clássico que não parou no tempo: Planeta Futuro, da Playmobil, foi eleito o Brinquedo Verde 2011, nova categoria do ToyAward, cobiçado prêmio da indústria do setor.
Em meio a uma enxurrada de eletrônicos vindos de todos os continentes, a Alemanha ergueu um pavilhão em Nuremberg, o "Toys Go Green" (brinquedos ficam ecológicos), para chamar a atenção de lojistas de 117 países para 59 lançamentos que ludicamente conscientizam a criança da importância de ambientes sustentáveis.
E eles vêm de grandes fabricantes, como a canadense Hape (importada pela Ligamundos), que lançou 80 brinquedos "verdes" feitos de bambu, como casas e veículos movidos a energia solar, a microempresas, como a portuguesa Science4you, que, com um catálogo de 28 itens, desembarca no Brasil neste semestre.
"Sensibilizar crianças e jovens para a importância da utilização de materiais e energias sustentáveis" foi o primeiro objetivo da Science4you, criada em 2008 pelo economista Miguel Pina Martins, 26. "Eu também queria dar o exemplo, usando só materiais sustentáveis", diz.
A empresa faturou 300 mil (R$ 683 mil) em 2010 e exporta seus produtos para Espanha e Angola.

ACEITAÇÃO
Nesse mesmo rumo vão os brasileiros Richard e Christian Machado, que há dois anos investiram R$ 200 mil na Pense Brinquedos. "Estimamos fechar 2011 batendo R$ 500 mil de faturamento", diz Richard, 31, que ganhou prêmios internacionais pelo triciclo feito pela empresa.
"Temos produtos de papelão e madeira certificada e revestidos com PET reciclado."
Pesquisa da Universidade de Nuremberg mostra que, na Europa, o mercado de brinquedos sustentáveis deve seguir de vento em popa nos próximos três anos, avaliam 52% dos consumidores entrevistados.
Nos últimos 12 meses, 80% deles preferiram os "verdes" e não se importaram em pagar até 20% a mais por eles.


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