São Paulo, domingo, 20 de março de 2011


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Inflação pede tática do comércio para reter cliente

Micro e pequenas empresas são mais afetadas com o aumento de preços

PATRÍCIA BASILIO
DE SÃO PAULO

A inflação estimada em cerca de 7% em 2011 começa a mobilizar as micro e pequenas empresas, especialmente as do comércio. O intuito é reajustar os preços, devido ao aumento da matéria-prima, sem ter redução de clientes e de lucratividade.
A expectativa é que micro e pequenas empresas desse setor neste ano cresçam 3% -metade do índice no ano passado, quando a inflação foi de 5,91%- devido ao aumento do índice, segundo a Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo). Cerca de 95% do comércio paulistano é formado por negócios desses portes.
"Essas empresas são as mais prejudicadas porque não têm como se proteger", diz Paulo Roberto Feldmann, presidente do conselho de pequena empresa da entidade -grupo que será lançado na próxima quarta-feira (23).
Para Feldmann, a alta da taxa de juros é uma barreira porque limita o empréstimo e o investimento.
Na rede de lojas Marlene Enxovais, a proprietária, Wilma Tavares, 50, não pensa em aporte financeiro, mas negocia os prazos de pagamento com os fornecedores e agrega valor aos produtos.
"Ao pôr detalhes nas peças, o consumidor não questiona o motivo do aumento."
A empresária também criou um site de vendas, assim como Fernanda Mion, 27, dona de uma loja de acessórios que leva seu nome.
"Ao vender em mais de uma plataforma, compro matéria-prima em uma escala maior", destaca Mion.
Já Luciana Costa, 34, dona da Tiger Restaurante, não pôde manter os preços -vai reajustar pratos em 20%.
Para não perder clientes, criou opções econômicas com mais legumes e menos frutos do mar, que aumentaram 50%. "A estratégia é divulgar combos alternativos."


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