Investimento só no inverno exige baixos custos, aponta especialista

ENVIADA À SERRA DA MANTIQUEIRA

O foco das prefeituras serranas é nas quatro estações, mas, do lado dos empresários, há quem prefira centrar esforços apenas no inverno.
Lojas de confecção, de jóias e do ramo de alimentação são os modelos de negócio mais comuns nessa época, segundo a Associação Comercial de Campos do Jordão. Cerca de 200 empresários se instalam ali ao ano.
"Quando bem trabalhados, negócios temporários podem resultar em uma boa fonte de retorno. Também são oportunidades para se testarem conceitos", aponta Tales Andreassi, coordenador do Centro de Empreen-dedorismo da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas).
"Durante a temporada de inverno, os visitantes estão com mais tempo para conhecer e experimentar o produto, por isso a cidade é destino de muitos empresários", justifica João Dória Jr., proprietário do shopping sazonal Market Plaza, em Campos.
Para os interessados, ainda há tempo -há espaço vago em centros comerciais nas cidades frias.
Antes de investir, porém, é preciso planejar, sob risco de perder dinheiro. Oportunidades de baixo custo e rápido retorno devem ser o alvo.
"Não dá para esperar o negócio ficar maduro para que se pague", salienta David Kallás, professor de gestão estratégica do Insper.
Augusto Ferreira, gerente-regional do Sebrae-SP, destaca que uma forma de evitar insucesso é conhecer bem a clientela sazonal na hora preparar o plano do negócio.
Nesse caso, trata-se de visitantes das classes A e B (80%), sendo 55% da capital paulista, atesta o estudo do Sebrae-SP.


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