São Paulo, domingo, 20 de setembro de 2009


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Fundo garantidor inicia operação em outubro

BNDES irá afiançar operações de até R$ 100 mil; quatro bancos públicos e privados já aderiram

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Consideradas de alto risco pelas instituições financeiras, as pequenas empresas sofrem com a falta de garantias para apresentar ao banco quando querem emprestar.
Com isso, sofrem efeitos como o pagamento de "spread" mais alto (diferença entre a taxa de captação de recursos pelo banco e a repassada aos clientes), dizem especialistas.
Para suprir essa necessidade, dois fundos de garantia foram anunciados recentemente -o FGO (Fundo de Garantia de Operações), do Banco do Brasil, e o FGI (Fundo Garantidor para Investimentos), do BNDES.
Ambos funcionam como um seguro contra o calote, diminuindo o risco para o credor e o custo para quem quer capital.
Com previsão para começar no início de outubro, o FGI já conta com quatro bancos públicos e privados -entre eles, a Caixa Econômica Federal.
Outros dez bancos estão negociando para aderir, segundo o BNDES.
O banco vai garantir operações de até R$ 100 mil, dispensando que o pequeno empresário ofereça garantias. O BNDES estima que, com a solicitação feita e todos os documentos apresentados, a autorização saia em 40 dias. Para operações de capital de giro, o custo será de 0,15% do valor total; para investimentos, de 0,1%.

Banco do Brasil
Operando há um mês, o FGO acumula uma carteira de R$ 148 milhões, com 80% desse valor segurado pelo fundo, diz Ricardo Flores, vice-presidente de crédito do Banco do Brasil.
Segundo ele, por enquanto, quatro bancos irão oferecer o serviço de garantia do FGO -entre eles, a Nossa Caixa e a Caixa Econômica.
"As operações têm taxa de juros cerca de 30% menor", afirma. Segundo ele, um dos motivos de o Banco do Brasil apresentar bons resultados é porque possui "modelos de risco específicos" para as pequenas.


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