São Paulo, domingo, 21 de março de 2004 |
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Tire boas idéias de dentro da gaveta
Descobrir novos usos para acessórios pode significar ganhos diretos e indiretos para empresários BRUNO LIMA FREE-LANCE PARA A FOLHA A solução para aquele problema que atrapalha o seu negócio pode estar escondida em uma gaveta de escritório, em uma reclamação de um funcionário ou até mesmo bem em cima da sua cabeça. Com criatividade e olhos atentos, pequenos e grandes empresários descobriram respostas simples para questões que os atormentavam. Dependendo do empreendimento, acessórios simples -como um tubo, uma fita de vídeo ou um megafone- podem se tornar armas poderosas. A maneira como as idéias surgem pouco importa, ensinam consultores e especialistas em motivação e criatividade. O fundamental é não deixá-las escapar -leia, nesta edição, dez soluções que são sucesso no comércio. Sem fórmula pronta O primeiro passo é conhecer bem o problema. A partir daí, vale usar a intuição para criar algo ou descobrir novos usos para um instrumento conhecido. Mas intuição não é tudo. Uma teoria americana diz que a capacidade criativa tem três componentes: perícia (domínio dos assuntos relativos ao negócio e ao problema); pensamento criativo (características pessoais, habilidades de usar recursos como analogias, propensão para correr riscos) e motivação específica (desejo de buscar respostas para desafios). O consultor empresarial Mario Persona, que escreve livros com "cases" criativos do mundo dos negócios, aposta no poder das analogias na hora de criar. "Envolver pessoas que não têm nada a ver com o assunto, ler um livro de ficção, assistir a um filme ou até tomar um banho podem ser maneiras de ter um estalo." Ele ressalta que o processo criativo ocorre sobretudo quando as pessoas enxergam o problema de fora. Como exemplo, lembra a clássica história de Henry Ford, que teria se inspirado na fila de animais em um matadouro para criar a linha de montagem. Marketing e merchandising Além de resolverem problemas, as soluções criativas acabam tendo outra função: agem como ferramentas de marketing e de merchandising, ajudando a conquistar e a fidelizar a clientela. "A solução pode não aumentar diretamente as vendas. Mas, quando o cliente vê a idéia, percebe que a loja é mais inteligente do que as outras. Isso ajuda a compor uma imagem de marca criativa e funcional", diz Regina Blessa, consultora especializada em pontos-de-venda e vice-presidente do Popai Brasil (Associação Brasileira de Merchandising). Próximo Texto: Reciclar e lucrar Índice |
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