MARINA PITA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para ampliar o treinamento de franqueados a baixo custo e com maior abrangência, as redes têm apostado em uma ferramenta: a tecnologia do EAD (ensino a distância). Franqueadoras como CI (Central de Intercâmbio), Casa do Construtor, Casa do Pão de Queijo e China in Box já recorrem a essa modalidade de formação.
A alternativa não é apenas pela capilaridade ou pela redução dos altos gastos com deslocamento, explica André Friedheim, consultor da Francap. "Os franqueados estão cada vez mais exigentes e requerem mais da franqueadora", diz.
A CI, por exemplo, estruturou a Universidade CI em 2007, com investimento inicial de R$ 200 mil. Até hoje, 10 mil certificados de conclusão de curso a distância foram emitidos -a companhia conta com 450 colaboradores.
"Estamos tão satisfeitos [com o EaD] que estrearemos a TV CI e uma capacitação ao vivo, em videoconferência", adianta o diretor Celso Garcia.
No início, porém, o executivo diz ter enfrentado dificuldades, como a de adaptar os cursos presenciais para a versão on-line sem perder qualidade.
Outra, conta, foi a de convencer os donos das franquias a fazer seus funcionários pararem por cerca de 20 minutos para participar dos treinamentos.
Para Fabio Cristofoletti, dono de uma franquia da Casa do Construtor, em Indaiatuba (SP), o receio em relação à ferramenta de EaD foi uma barreira. "Após os primeiros cursos, vimos que não era nenhum "bicho de sete cabeças" e passamos a aproveitar o recurso."
Apesar da diminuição de custos ser um importante atrativo, a redução do tempo de treinamento dos funcionários novos é o principal benefício da adoção da tecnologia, na opinião de Ria Vucinic, pedagoga especializada EaD e responsável pelo projeto de treinamento interno on-line do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas).
"Rapidamente, podemos oferecer um curso voltado à apresentação da instituição e outro específico sobre a função para funcionários recém contratados de nossos parceiros."


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