São Paulo, domingo, 21 de agosto de 2011


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Alagoas busca ingresso no roteiro nacional de moda

Grifes do Estado apresentam peças combinadas ao artesanato local em evento

ROSANGELA DE MOURA
ENVIADA ESPECIAL A MACEIÓ

Olho de pombo, pena de pavão e espinha de peixe. Não se trata de material novo para o setor de moda, mas de nomes de pontos de filé, renda feita em tear manual com agulha, que forma nós.
O artesanato típico alagoano foi o destaque no acabamento de peças e acessórios de estilistas na quinta edição da Alagoas Trend House, evento realizado de 15 a 19 agosto em Maceió (AL).
Com apoio do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), da federação das indústrias da região e do Ministério do Turismo, o evento tenta firmar-se como a principal semana de moda do Nordeste.
Grifes nacionais como Mara Mac e Colcci já marcam presença com a próxima coleção primavera-verão.
Ficaram lado a lado com marcas regionais como Maia Piatti, Filé do Pontal, Artsório, Flor de Mandacaru, Bordadeira de Penedo, AP401 e Los Santos D'Arca.
Para profissionalizar a produção, o Sebrae investiu em cursos de gerenciamento, de cálculo de preço dos artigos, de modelagem, de design e de tendências. Orientou ainda a elaboração das coleções.
"O objetivo é personalizar as peças de artesanato para a moda e selecionar as marcas mais preparadas para participar do evento", conta Renata Pereira, diretora técnica do Sebrae.

COLEÇÕES
Em comum nas peças, bordado e renda -tanto a filé como a renascença, mais produzida no Ceará, e a de bilro.
A diversidade, porém, imperou durante o evento. Batas neutras de algodão com bordados coloridos e vestidos inteiros feitos com renda rodaram pelas passarelas.
Ana Mayer-Singule, 60, proprietária da loja Aspargus, no shopping Higienópolis, em São Paulo, diz ter ido ao evento para comprar acessórios da grife Maia Piatti.
"Eu já era consumidora das peças [da marca], agora venho para adquirir bolsas, pulseiras, sandálias e até echarpes, porque são produções originais e com design marcante, que compõem com as malhas e os tricôs da loja", explica a empresária.

MARGEM
A empreendedora afirma trabalhar com "markup" (índice aplicado sobre o preço de compra para chegar ao valor de venda) de 2.5. "É uma margem satisfatória para manter um trabalho constante de parceria com uma marca", afirma Mayer-Singule.

A jornalista viajou a convite da organização da Alagoas Trend House


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