São Paulo, domingo, 21 de setembro de 2008


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FEIRAS

Produtores da Amazônia procuram distribuição no SE

Fabricantes têm mais facilidade para exportar

ROSANGELA DE MOURA
ENVIADA ESPECIAL A MANAUS

Produtos desenvolvidos por micro e pequenos fabricantes que usam matéria-prima sustentável atraíram a atenção de compradores nacionais e estrangeiros durante a quarta edição da Feira Internacional da Amazônia, que aconteceu na semana retrasada em Manaus.
Os expositores fecham mais negócios com visitantes internacionais. Apesar de fazerem acordos para exportar, o cenário no mercado interno é diferente: os produtores da região queixam-se de dificuldades para distribuir produtos no país.
Ana Paula Ferreira, da empresa Andirá, que produz guaraná em pó, chá de guaraná e frutas desidratadas, conta que exporta 80% da sua produção para Estados Unidos, Irlanda, Alemanha, Austrália e Japão.
Ela busca investidores para expandir-se no mercado local. "Preciso de parceiros para investir em marketing e na distribuição dos produtos pelo país."
A artesã Rita Prossi, que usa sementes, fibras naturais produzidas por índios da etnia waimiri-atroari e metais preciosos para montar jóias, faz 1.500 peças por mês.
Elas são vendidas para lojas dos Estados Unidos e da Inglaterra e para as regiões Norte e Nordeste. "Quero abrir mais canais de distribuição, principalmente no Sul e no Sudeste do país. Apenas duas lojas vendem meus produtos no Rio de Janeiro e em São Paulo", conta.
O produtor de velas Lélio Haas, de Macapá (PA), apresentou na feira a vela de urucuri, que afugenta os mosquitos da malária e da dengue.
"Tenho condições de dobrar minha produção, que hoje é de 20 toneladas por mês, com a compra de mais uma máquina. Mas a abertura de canais locais de distribuição é fundamental para garantir preços competitivos", avalia Haas.

Inovação
Durante a feira, o Salão de Projetos para Investimento em Negócios Sustentáveis apresentou lançamentos.
O produtor de guaraná Silvio Proença da Silva desenvolveu um isotônico à base de açaí chamado G Power. Segundo ele, o produto pode beneficiar toda a cadeia produtiva da região.
"A feira traz investidores que querem associar sua empresa a projetos sustentáveis da Amazônia. É uma pena que a maioria procure apenas a matéria-prima da região", aponta.


A jornalista viajou a convite da Superintendência de Desenvolvimento da Zona Franca de Manaus


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