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FEIRAS
Produtores da Amazônia procuram distribuição no SE
Fabricantes têm mais facilidade para exportar
ROSANGELA DE MOURA
ENVIADA ESPECIAL A MANAUS
Produtos desenvolvidos por
micro e pequenos fabricantes
que usam matéria-prima sustentável atraíram a atenção de
compradores nacionais e estrangeiros durante a quarta
edição da Feira Internacional
da Amazônia, que aconteceu na
semana retrasada em Manaus.
Os expositores fecham mais
negócios com visitantes internacionais. Apesar de fazerem
acordos para exportar, o cenário no mercado interno é diferente: os produtores da região
queixam-se de dificuldades para distribuir produtos no país.
Ana Paula Ferreira, da empresa Andirá, que produz guaraná em pó, chá de guaraná e
frutas desidratadas, conta que
exporta 80% da sua produção
para Estados Unidos, Irlanda,
Alemanha, Austrália e Japão.
Ela busca investidores para
expandir-se no mercado local.
"Preciso de parceiros para investir em marketing e na distribuição dos produtos pelo país."
A artesã Rita Prossi, que usa
sementes, fibras naturais produzidas por índios da etnia waimiri-atroari e metais preciosos
para montar jóias, faz 1.500 peças por mês.
Elas são vendidas para lojas
dos Estados Unidos e da Inglaterra e para as regiões Norte e
Nordeste. "Quero abrir mais
canais de distribuição, principalmente no Sul e no Sudeste
do país. Apenas duas lojas vendem meus produtos no Rio de
Janeiro e em São Paulo", conta.
O produtor de velas Lélio
Haas, de Macapá (PA), apresentou na feira a vela de urucuri, que afugenta os mosquitos
da malária e da dengue.
"Tenho condições de dobrar
minha produção, que hoje é de
20 toneladas por mês, com a
compra de mais uma máquina.
Mas a abertura de canais locais
de distribuição é fundamental
para garantir preços competitivos", avalia Haas.
Inovação
Durante a feira, o Salão de
Projetos para Investimento
em Negócios Sustentáveis
apresentou lançamentos.
O produtor de guaraná Silvio
Proença da Silva desenvolveu
um isotônico à base de açaí chamado G Power. Segundo ele, o
produto pode beneficiar toda a
cadeia produtiva da região.
"A feira traz investidores que
querem associar sua empresa a
projetos sustentáveis da Amazônia. É uma pena que a maioria procure apenas a matéria-prima da região", aponta.
A jornalista viajou a convite da Superintendência de Desenvolvimento da Zona Franca de
Manaus
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