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CAIXA FORTE
Instituições financeiras miram micro e pequenos
BNDES, Caixa e Banco do Brasil desembolsaram R$ 45 bi em 2007
Leo Caobelli/Folha Imagem
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A empresária Patrícia Matos Gaspar foi a primeira no Brasil a obter recurso por meio da linha Caixa-Franquia, da Caixa; em agosto, ela inaugurou uma franquia do Instituto Embelleze
LUIZ DE FRANÇA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
As micro e pequenas empresas nunca tiveram tanto crédito
disponível na praça como agora. A crescente oferta de dinheiro para a aplicação em capital de giro e investimento
produtivo são o grande filão
que os bancos descobriram para atrair e fidelizar clientes.
A tentação é muita mas o cuidado deve ser redobrado. Juros
altos e prazos curtos ainda assustam quem precisa de uma
injeção extra de capital.
Os maiores provedores de
crédito para empresas de pequeno porte continuam sendo
bancos públicos como o
BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social), a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.
Juntas, essas instituições
destinam R$ 45 bilhões de recursos para linhas de crédito.
Os R$ 7,3 bilhões disponibilizados pelo BNDES neste ano para
esse fim deverão saltar para
R$ 11 bilhões em 2008, segundo
previsão do superintendente
da área de linha de crédito da
entidade, Cláudio Bernardo.
Uma maior oferta de crédito
também está na pauta da CEF
para o próximo ano. Entre janeiro e agosto de 2007, a instituição desembolsou R$ 16,5 bilhões -11% a mais do que no
mesmo período de 2006.
De acordo com o superintendente nacional de micro e pequenas empresas da CEF, Zakeu Soares Ribeiro, a estimativa é manter esse ritmo de aquecimento para o próximo ano.
Até setembro de 2007, o Banco do Brasil tinha uma carteira
de empréstimo de R$ 21,7 bilhões, 20,7% a mais em relação
ao ano anterior. A previsão para
2008 é manter o crescimento.
Burocracia por juros
Do outro lado da ponta do
sistema financeiro, bancos privados tentam atrair clientes
com maior diversificação de linhas de crédito, que vão de pagamento de 13º salário a financiamento de estoque.
Juros praticados por instituições privadas, no entanto, estão em desvantagem se comparados às públicas. Enquanto
nestas os juros vão de 12% a
14% ao ano, nos bancos privados, vão de 15% a 50% ao ano.
Na opinião do assessor técnico da Febraban (Federação
Brasileira dos Bancos) Ademiro Vian, a desvantagem é compensada pela falta de burocracia na liberação do crédito.
"Com a queda gradual da taxa
Selic, a tendência é o banco privado baixar os juros", afirma.
Enquanto isso não acontece,
o melhor é comparar juros, prazos e taxas cobradas.
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