São Paulo, domingo, 21 de outubro de 2007


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CAIXA FORTE

Instituições financeiras miram micro e pequenos

BNDES, Caixa e Banco do Brasil desembolsaram R$ 45 bi em 2007

Leo Caobelli/Folha Imagem
A empresária Patrícia Matos Gaspar foi a primeira no Brasil a obter recurso por meio da linha Caixa-Franquia, da Caixa; em agosto, ela inaugurou uma franquia do Instituto Embelleze

LUIZ DE FRANÇA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

As micro e pequenas empresas nunca tiveram tanto crédito disponível na praça como agora. A crescente oferta de dinheiro para a aplicação em capital de giro e investimento produtivo são o grande filão que os bancos descobriram para atrair e fidelizar clientes.
A tentação é muita mas o cuidado deve ser redobrado. Juros altos e prazos curtos ainda assustam quem precisa de uma injeção extra de capital.
Os maiores provedores de crédito para empresas de pequeno porte continuam sendo bancos públicos como o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.
Juntas, essas instituições destinam R$ 45 bilhões de recursos para linhas de crédito. Os R$ 7,3 bilhões disponibilizados pelo BNDES neste ano para esse fim deverão saltar para R$ 11 bilhões em 2008, segundo previsão do superintendente da área de linha de crédito da entidade, Cláudio Bernardo.
Uma maior oferta de crédito também está na pauta da CEF para o próximo ano. Entre janeiro e agosto de 2007, a instituição desembolsou R$ 16,5 bilhões -11% a mais do que no mesmo período de 2006.
De acordo com o superintendente nacional de micro e pequenas empresas da CEF, Zakeu Soares Ribeiro, a estimativa é manter esse ritmo de aquecimento para o próximo ano.
Até setembro de 2007, o Banco do Brasil tinha uma carteira de empréstimo de R$ 21,7 bilhões, 20,7% a mais em relação ao ano anterior. A previsão para 2008 é manter o crescimento.

Burocracia por juros
Do outro lado da ponta do sistema financeiro, bancos privados tentam atrair clientes com maior diversificação de linhas de crédito, que vão de pagamento de 13º salário a financiamento de estoque.
Juros praticados por instituições privadas, no entanto, estão em desvantagem se comparados às públicas. Enquanto nestas os juros vão de 12% a 14% ao ano, nos bancos privados, vão de 15% a 50% ao ano.
Na opinião do assessor técnico da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) Ademiro Vian, a desvantagem é compensada pela falta de burocracia na liberação do crédito.
"Com a queda gradual da taxa Selic, a tendência é o banco privado baixar os juros", afirma.
Enquanto isso não acontece, o melhor é comparar juros, prazos e taxas cobradas.

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