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CAIXA FORTE
Fundo de "venture capital" investe nos inovadores
Modalidade cresce e mira empresa com alta chance de se desenvolver
MARIANA IWAKURA
DA REPORTAGEM LOCAL
Das empresas que ainda são
só uma boa idéia às que já estão
crescendo, os fundos de "venture capital" (capital de risco)
são mais uma fonte de dinheiro
para alavancar o desenvolvimento de negócios inovadores.
Há cerca de US$ 5,6 bilhões
disponíveis para investimento
em fundos de "venture capital"
no Brasil, segundo Claudio
Furtado, diretor do Cepe-FGV
(Centro de Estudos em Private
Equity e Venture Capital da
Fundação Getulio Vargas).
Isso inclui os valores destinados pela Finep (Financiadora
de Estudos e Projetos), ligada
ao Ministério da Ciência e Tecnologia, a esses fundos. O valor
investido pela instituição subiu
de R$ 5 milhões, em 2004, para
R$ 47 milhões, em 2007.
Até setembro, 23 fundos registrados pela CVM (Comissão
de Valores Mobiliários) que
destinam seus investimentos a
empresas emergentes (faturamento líquido anual de até R$
100 milhões) somaram R$ 254
milhões de patrimônio líquido.
Para Marcus Regueira, presidente da ABVCap (Associação
Brasileira de Private Equity &
Venture Capital), há potencial
para aumentar esse montante.
"Há muitas empresas e alta capacidade de empreender."
Perfil
As oportunidades não são para qualquer companhia. Os gestores de fundos buscam firmas
inovadoras e com alto potencial de crescimento. A intenção,
afinal, é obter o retorno quando
a empresa se desenvolver e
chegar ao ponto de ser vendida.
"Podem ser novas tecnologias, processos ou produtos.
Mas, se não houver inovação, as
chances de a empresa crescer
irão se reduzir drasticamente",
destaca Eduardo Costa, diretor
de inovação da Finep.
Antes de procurar os gestores de fundos, o empreendedor
interessado em obter o investimento deve analisar alguns fatores. "Ele precisa avaliar as necessidades do consumidor, os
diferenciais do produto e o potencial de expansão do mercado, incluindo-os no plano de
negócios", enumera Furtado.
Ajuda
Além de entrar com o investimento, os gestores de fundos
auxiliam na administração.
"Fazemos reuniões semanais
ou quinzenais [com a empresa]", explica Ricardo Normand,
responsável pela análise de
projetos do fundo Novarum,
que investiu R$ 13 milhões em
seis empresas nascentes com
foco em tecnologia da informação e ciências da vida.
A Hortus Agroindustrial, que
produz batata pré-frita e congelada na região da Chapada
Diamantina (BA), era não mais
que um projeto quando foi
apresentada à Rio Bravo, que
administra capital de risco.
O investimento foi de R$ 4
milhões, por meio de um fundo
focado na região. A possibilidade de crescimento e criação de
empregos foi um diferencial do
projeto. "O apelo social é grande. Tivemos incentivo também
do Banco do Nordeste", conta o
sócio Roberto Rutigliano, 39.
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