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Defeitos e fraudes afetam lojas
Empresários reclamam da lentidão das administradoras de cartão para solucionar problemas
DE SÃO PAULO
Dez protocolos de atendimento registrados e 120 e-mails enviados em um só dia.
Essa foi a via-crúcis de Fabiana Anita Piellusch, 34,
proprietária de uma papelaria em São Paulo, na tentativa de resolver uma pane
em sua máquina de cartão.
"O terminal parou de funcionar de repente", diz a microempresária, que alega ter
ficado 17 dias sem o equipamento -e ainda teve cobrado o aluguel desse período.
A saída, conta, foi recorrer
ao velho caderno de anotações e vender fiado. O imprevisto comprometeu R$ 1.500
de seu faturamento mensal,
que totaliza R$ 5.000, diz.
Dono de um restaurante
japonês em Salvador, C.A.,
que pediu para não ser identificado, teve sua máquina
clonada, e as vendas de
20 dias foram parar na conta
de um posto de gasolina.
"Após descobrir a fraude,
fiquei mais 30 dias sem utilizar o aparelho", relata. A primeira reclamação foi registrada em julho, mas ele só teve o dinheiro de volta- cerca
de R$ 10 mil- em setembro.
O valor devolvido não inclui o prejuízo com as vendas
que ele deixou de fazer, que
somam, afirma, R$ 12 mil.
Com a fraude, o empresário teve de atrasar pagamentos e ficou com o nome negativado. "Vou entrar na Justiça contra a empresa", conta.
Segundo o advogado Leonardo Barem Leite, os contratos firmados devem especificar tolerância para eventuais
panes, prazo para concertos
e trocas do equipamento.
"Se o comerciante conseguir provar negligência no
atendimento, poderá pedir
indenização", completa.
José Renato Hopf, conselheiro da Abecs (associação
das empresas de cartão), recomenda que o lojista peça
que a manutenção seja feita
no próprio estabelecimento.
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