São Paulo, domingo, 22 de fevereiro de 2009


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INOVAÇÃO APRECIADA

Programa de subvenção da Finep atrai pequenos

Projetos diferenciados podem pleitear recursos mínimos de R$ 500 mil

Eduardo Anzielli/ Folha Imagem
A LM Laboratórios, que desenvolve um processo de produção de nano-cosméticos, aproveitou a experiência de um dos sócios, o engenheiro químico Israel Motta, para montar projetos

RAQUEL BOCATO
GUSTAVO HENNEMANN

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Até o dia 27 de março, estão abertas as inscrições para o programa Subvenção Econômica, da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), que concede R$ 450 milhões em recursos públicos não-reembolsáveis a projetos inovadores -produtos, serviços, processos e sistemas que não existiam ou que contenham diferenciais.
Neste ano, o edital -em www.finep.gov.br- vem com alterações que beneficiam micro e pequenas firmas. A principal é o valor mínimo dos projetos. Agora, valem propostas a partir de R$ 500 mil. Antes, o mínimo era de R$ 1 milhão.
"Não havia distinção entre pequenas e grandes empresas", destaca o diretor de inovação da Finep, Eduardo Costa. Segundo ele, a alteração é importante pois, em muitas firmas, "não há porte para administrar um projeto [de R$ 1 milhão]".
Com a mudança, explica, a previsão é de aumento na participação de micro e pequenas empresas. No ano passado, somadas, elas representaram 80% dos 2.664 projetos.
Mas não é apenas isso que deve impactar a concorrência. "[Antes,] como não estavam acostumadas, [as firmas] fizeram projetos que não eram grande coisa", destaca.
Ele acrescenta que, no edital de 2008, "a qualidade foi melhor do que nos anos anteriores". E completa: "A competição será bem mais difícil".
O sócio da KNBS, firma de soluções em tecnologia, Alberto Fróes, 46, diz estar preparado para enviar um projeto.
Em 2007, ele entregou dois, ambos recusados. Em 2008, fez uma nova proposta, com análise de mercado "mais organizada", que foi aprovada. "[As elaboradas em 2007] eram mais pesquisa aplicada", avalia.

Ajuda no projeto
Para auxiliar empresários sem experiência na elaboração de projetos de inovação, a ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) contratou a Protec (Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica) para oferecer cursos gratuitos de seis horas (saiba mais em www.protec.org.br).
"Os programas são oportunidades de captar recursos para demandas já existentes nas firmas", diz o instrutor do curso e diretor da Protec, Joel Weisz.


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