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INOVAÇÃO APRECIADA
Prime proporciona recursos com foco na gestão inicial
Com auxílio de incubadoras, meta é alavancar quase 2.000 projetos
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Com foco em empresas com
até dois anos de existência, a
Finep, em parceria com 17
incubadoras, deverá lançar
neste ano o Prime (Programa
Primeira Empresa Inovadora).
A estimativa é que seja
investido R$ 1,4 bilhão em quatro anos, e o aporte das
empresas deverá ser feito especificamente em recursos humanos. As firmas não precisam
estar incubadas.
Cerca de 1.900 empreendimentos inovadores, seja no
produto ou no processo, devem
receber, em 2009, R$ 120 mil
cada um para remuneração dos
sócios, contratação de consultorias e serviços de gestão
financeira e tributária.
O objetivo da Finep é alavancar projetos tecnológicos que
enfrentem dificuldade na parte
administrativa por terem origem eminentemente técnica.
Os primeiros R$ 120 mil concedidos às empresas selecionadas serão dados e, caso o empreendedor cumpra as metas
definidas no projeto, receberá
mais R$ 120 mil emprestados
no ano seguinte, para devolver
em até cem vezes sem juros.
Apesar de as inscrições ainda
não terem sido abertas oficialmente por edital, a maioria das
incubadoras-âncoras já realiza
pré-cadastro dos interessados
(veja quadro à esquerda).
Desde novembro passado, o
lançamento do edital foi adiado
pelo menos três vezes pela
Finep. Entre os motivos estava
o entrave jurídico da Incamp,
incubadora que foi selecionada,
mas deixou o Prime.
A Finep não informou se os
R$ 15 milhões que estavam destinados à incubadora serão
redistribuídos ou usados em
um próximo edital.
Seleção
As incubadoras farão a seleção e a gestão do programa de
forma descentralizada, para
aumentar o acesso dos empreendedores, diz o presidente
da Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores), Guilherme Plonski.
Para o gerente do Cietec (incubadora ligada à USP), Sérgio
Risola, o uso dos recursos será
otimizado pelas incubadoras.
"Faremos bastante com R$
120 mil porque temos infraestrutura, recursos humanos e
uma rede de contatos", afirma.
Pesquisador e dono da Labtools, o químico João Borin, 37,
já fez seu pré-cadastro e diz
que, se for selecionado, usará o
dinheiro para ter um pró-labore e se dedicar exclusivamente
à firma, que desenvolve instrumentos de laboratório.
"O dinheiro será importante
também para reforçar a parte
administrativa", afirma Borin,
que está instalado na Supera
(incubadora ligada à USP de Ribeirão Preto) há 11 meses.
(GH)
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