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Uma feira realizada em São Paulo na última semana ajudou a diminuir, pelo menos um pouco, a distância entre fornecedores e pequenos varejistas do Estado.
Essa é a análise de participantes da primeira edição da Fespev (Feira de Supermercados e Pequenos Varejistas), que puderam discutir soluções para dificuldades de comércio e de distribuição.
Para grandes empresas como a Nivea, o objetivo é eliminar intermediários na distribuição e vender diretamente ao pequeno varejista. "Esse é o canal de vendas que mais cresce na empresa", revela Auro Honda, gerente nacional de vendas para o varejo da Nivea Brasil. Há um ano e meio, os pequenos representavam 5% do faturamento da marca no país -hoje, são 21%. "O objetivo é atingir os 30%", ressalta.
Participaram do evento 17 centrais de negócios, que representam aproximadamente 390 pequenos supermercadistas.
"Conseguimos estreitar o relacionamento com a indústria. O pequeno e o médio varejista precisam de um diálogo maior com o fornecedor. Em outros eventos, como o foco é outro, há mais dificuldades", diz Lafaiete Ramos, 40, gestor de negócios da central de supermercados Redemais, que reúne 18 lojistas da região de São José do Rio Preto (SP).
Edgard Comar, gerente nacional de vendas da Fresh Care, que fabrica lenços umedecidos vendidos com a marca de redes como Pão de Açúcar e Farmais, diz que o evento possibilitou contato com centrais de negócios, o que deve potencializar as vendas da marca própria de lenços da empresa.
"Nas outras feiras, estão os maiores supermercadistas. Aqui [na Fespev], encontrei as redes que não foram vendidas para os grandes grupos. São redes que estão crescendo mais do que os grandes", afirma Comar. (BL)


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