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FARO PARA FEIRAS
Eventos de agronegócio atraem pequeno produtor
Empresas buscam nas feiras chances de comércio e novas tecnologias
IGOR GIANNASI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Responsáveis por uma parcela expressiva da produção agrícola nacional -60% dos produtos alimentícios têm origem na
agricultura familiar, segundo o
Ministério do Desenvolvimento Agrário-, pequenos produtores e criadores estão ocupando espaço nas grandes feiras
de agronegócio.
"Antigamente, só iam a essas
feiras médias e grandes empresas. Isso mudou", constata Armando Campos Mello, diretor
da Ubrafe (União Brasileira dos
Promotores de Feiras).
Segundo Mello, contribuíram para isso ações como as do
Sebrae (Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas
Empresas), que leva pequenos
empreendedores rurais aos
eventos. "Depois, o empresário
entrou na rotina."
"As feiras são uma oportunidade de firmar a empresa no
mercado e prospectar novos
clientes", afirma Mônica Petrow, analista da área de acesso
a mercados do Sebrae-SP.
Fora do campo
Fernando Ogawa, 48, produz
caqui e nêspera em Mogi das
Cruzes (57 km de São Paulo) e
está desenvolvendo um processo de melhoria de um novo tipo
de fruto, que pretende lançar
numa feira. "Não dá para o produtor ficar só no campo."
Apesar de focar os grandes
empreendedores da cadeia
produtiva da cana-de-açúcar, a
Fenasucro (Feira Internacional da Indústria Sucroalcooleira) e a Agrocana (Feira de Negócios e Tecnologia da Agricultura da Cana-de-Açúcar), realizadas em paralelo em Sertãozinho (333 km de São Paulo), recebem pequenos produtores,
atraídos pelas ofertas no preço
de maquinário.
"O interesse deles nessas feiras maiores é conhecer as novidades tecnológicas", diz Marly
Pereira, secretária-executiva
estadual do Pronaf (Programa
Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar).
Mas, para ela, é também importante que os pequenos empreendedores rurais integrem
as atividades de capacitação
desses eventos.
Novos contatos
Criador de ovelhas, Fernando Fioravanti, 53, participou
da quinta edição da Feinco
(Feira Internacional de Caprinos e Ovinos), em São Paulo.
Expondo pela segunda vez
no evento, Fioravanti investiu
R$ 12 mil -dez vezes mais do
que em 2007- para colocar os
12 animais em um estande, em
vez de em uma baia.
Com isso, conseguiu chamar
mais atenção dos visitantes e
fazer contatos para acordos
comerciais futuros.
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