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Preço determina preferência por falsa mercadoria
DA REPORTAGEM LOCAL
Movida pela constatação
de que 91% das empresas
tiveram o faturamento afetado de alguma forma em razão da concorrência desleal,
a Firjan elaborou, no ano
passado, uma pesquisa com
300 consumidores de diferentes faixas de renda e verificou o que os vendedores
ambulantes da cidade já sabiam: 59% dos entrevistados
compram produtos no comércio informal em busca
de preços menores e flexibilidade durante a negociação.
"A baixa renda do consumidor é determinante na escolha de um produto pirata", explica a chefe da assessoria de pesquisas econômicas da Firjan, Luciana de Sá.
De acordo com a pesquisa,
quando questionados se têm
conhecimento dos riscos
que os produtos falsificados
podem causar à saúde -já
que não seguem normas de
controle de qualidade-,
83,7% dos consumidores
responderam afirmativamente. A maioria (60%), no
entanto, afirmou não estar
disposta a mudar seus hábitos de consumo, mesmo reconhecendo que são itens
sem qualidade, ilegais e que
têm vida útil bastante inferior a dos originais.
"Não são apenas as indústrias que perdem com a pirataria. Toda a cadeia produtiva é afetada com a venda de
itens falsificados", analisa o
economista da ACSP (Associação Comercial de São
Paulo) Marcel Solimeo.
Segundo o economista,
muitos varejistas saíram do
mercado devido à proliferação do comércio informal e
da venda de itens pirateados.
"Até os exportadores perdem porque os falsificadores
estão prejudicando a imagem do Brasil no exterior."
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