São Paulo, domingo, 23 de outubro de 2005


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Preço determina preferência por falsa mercadoria

DA REPORTAGEM LOCAL

Movida pela constatação de que 91% das empresas tiveram o faturamento afetado de alguma forma em razão da concorrência desleal, a Firjan elaborou, no ano passado, uma pesquisa com 300 consumidores de diferentes faixas de renda e verificou o que os vendedores ambulantes da cidade já sabiam: 59% dos entrevistados compram produtos no comércio informal em busca de preços menores e flexibilidade durante a negociação.
"A baixa renda do consumidor é determinante na escolha de um produto pirata", explica a chefe da assessoria de pesquisas econômicas da Firjan, Luciana de Sá.
De acordo com a pesquisa, quando questionados se têm conhecimento dos riscos que os produtos falsificados podem causar à saúde -já que não seguem normas de controle de qualidade-, 83,7% dos consumidores responderam afirmativamente. A maioria (60%), no entanto, afirmou não estar disposta a mudar seus hábitos de consumo, mesmo reconhecendo que são itens sem qualidade, ilegais e que têm vida útil bastante inferior a dos originais.
"Não são apenas as indústrias que perdem com a pirataria. Toda a cadeia produtiva é afetada com a venda de itens falsificados", analisa o economista da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) Marcel Solimeo.
Segundo o economista, muitos varejistas saíram do mercado devido à proliferação do comércio informal e da venda de itens pirateados. "Até os exportadores perdem porque os falsificadores estão prejudicando a imagem do Brasil no exterior."


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