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CÁLCULO DE VOLUME
Primeiro trimestre é período de retração
Atravessar os primeiros mesesrequer planejamento
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Os três primeiros meses do
ano costumam ser os piores em
vendas. Elas são 17% menores
do que no quarto trimestre, o
período de maior fartura, segundo o estudo "Determinantes das Vendas no Varejo", do
Provar-FIA e da Felisoni Consultores Associados.
Com isso, passado o período
das festas, o empresário precisa
se planejar para que todo o
lucro de dezembro não vire
fumaça logo no começo do ano.
"A primeira tarefa é implementar um demonstrativo de
resultados", aponta Eugenio
Foganholo, diretor da Mixxer
Desenvolvimento Empresarial.
O documento é uma espécie
de fotografia das receitas e gastos da empresa, mês a mês, incluindo impostos e despesas
administrativas. "Parece óbvio,
mas a maioria dos pequenos
empresários não o tem. O contador pode ajudar a fazê-lo."
Num momento como este, de
crise anunciada, esse exame
detalhado das contas da empresa dá a dimensão dos pontos
em que é possível cortar e nos
quais se deve investir.
Olho no estoque
Segundo a consultora Ana
Vecchi, da Vecchi Ancona Estratégia e Gestão, é preciso fazer um bom gerenciamento de
estoque para garantir o suprimento do ano todo. Ela aconselha ao varejista criar uma programação com o fornecedor.
"Ele tem de ser um parceiro
do negócio. É necessário combinar um prazo mínimo para
repor a mercadoria e ter a
quantidade bem ajustada à
venda", alerta.
"O excesso de estoque é um
"vírus" que pode corroer a
sobrevivência do varejista",
acrescenta Foganholo.
A empresária Fátima Chamma, da Chamma da Amazônia,
conta que fez uma análise dos
produtos com menor giro em
cada praça e, a partir disso,
ajustou o estoque para não empatar capital.
Criatividade
Na opinião do professor
Claudio Felisoni de Ângelo,
momentos de menor crescimento pedem inovação.
"A palavra crise está sempre
relacionada a algo negativo,
mas pode ser um processo de
reflexão. O empresário pode
usar a criatividade, desenvolver
um produto novo e levar o negócio a um outro patamar."
Para o comerciante Ernesto
Almeida Luiz, 59, dono da Releh, rede de cinco lojas de bijuteria na região da rua 25 de
Março, em São Paulo, o primeiro trimestre é o pior período do
ano para o negócio.
Disposto a reverter essa situação, ele criou um site para
fazer vendas a distância.
"Muitos dos nossos consumidores são lojistas do interior
de São Paulo ou de outros Estados. O site permite que comprem e economizem os custos
da viagem", explica. "A medida
até aumentou o número de pedidos vindos de fora da capital",
comemora.
(LC)
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